"As marcas tentam fazer copy paste de outros targets para este e prendem-se a estereótipos antigos." É assim que Tiago Melo acredita que a maioria das marcas falha em endereçar uma oportunidade de ouro de ampliar a sua base de consumidores. Se Portugal tem metade da população acima dos 50 anos, porque é que continuamos a falar só para jovens? O desafio foi lançado pelo CEO da Multipublicações, Ricardo Florêncio, como repto da Conferência Marketeer.

Sob o tema "Há Mais Consumidores Por Aí" — que debateu precisamente o potencial para as marcas da golden generation — enquanto keynote speaker o responsável da L'Oréal explicou como a marca que lidera a nível ibérico subiu ao primeiro lugar do pódio simplesmente adotando um olhar descomplexado e não preconceituoso sobre aqueles que ainda não era seus clientes. Uma transformação que não morreu no momento, antes ajudando a alargar e fidelizar um novo mercado.

Em entrevista ao SAPO, Tiago Melo é perentório: "A golden generation quer ter vida social e tem capacidade financeira para isso." O que significa que as marcas só têm vantagens em olhar a sério para a geração acima dos 50, que já não se aproxima sequer daquilo que era há um par de décadas. "O estereótipo dos velhinhos agarrados ao sofá já não existe", estas pessoas têm juventude, energia, dinheiro e tempo, oferecendo uma oportunidade de ouro para as marcas que saibam levá-las a sério."