A visita ao Japão de Mohammed bin Salman, anunciada em 10 de maio e que deveria começar hoje e decorrer até quinta-feira, "voltará a ser organizada entre os dois países", declarou Yoshimasa Hayashi, numa conferência de imprensa.

De acordo com uma fonte saudita, citada hoje pela agência de notícias France-Press, apesar da ausência do príncipe herdeiro, a visita dos membros da delegação que acompanharia Mohammed bin Salman irá decorrer como programado.

O rei Salman, de 88 anos, sofre de uma infeção pulmonar e está a receber tratamento médico, incluindo com antibióticos, anunciou no domingo a corte real da Arábia Saudita.

A primeira viagem de Mohammed bin Salman ao Japão desde 2019 era uma oportunidade para Riade e Tóquio intensificarem já importantes relações económicas, especialmente no domínio da energia.

O Japão importa cerca de 40% do seu petróleo da Arábia Saudita e tem procurado desenvolver no Golfo uma produção em grande escala de hidrogénio e amoníaco, dois gases nos quais Tóquio aposta fortemente para a sua transição energética.

Riade também está muito interessado na indústria japonesa de videojogos, um dos pilares da estratégia "Visão 2030" do reino saudita para diversificar a economia para além dos combustíveis fósseis e melhorar a imagem internacional.

O fundo soberano da Arábia Saudita detém atualmente mais de 8% do capital da empresa de videojogos e consolas japonesa Nintendo.

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