Em mensagem enviada ao líder supremo do Irão, Ali Hosseini Khamenei, João Lourenço salienta que, no "infausto acontecimento", que cria "um vazio", morreram "igualmente outras importantes figuras" iranianas.

"Perante este infausto acontecimento, quero, em nome do executivo angolano e no meu próprio, apresentar a Vossa Excelência e ao Povo iraniano as nossas mais sentidas condolências pelo passamento físico desta ilustre personalidade e dos seus companheiros de infortúnio, ciente do vazio que deixarão no vosso país, ao qual dedicaram grande parte das suas vidas, em defesa dos valores mais nobres da cultura iraniana e os da afirmação do Irão no concerto das nações como nação próspera e soberana", destaca João Lourenço.

Também o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, apresentou condolências pela morte de um "líder notável" de um país com quem Pretória desfruta de fortes relações bilaterais, anunciou hoje a Presidência da República sul-africana.

"Esta é uma tragédia impensável que ceifou um líder notável de uma nação com quem a África do Sul desfruta de fortes relações bilaterais e que tivemos a honra de receber no grupo dos BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] em Joanesburgo, em 2023", lamentou o chefe de Estado sul-africano em mensagem enviada à República Islâmica do Irão.

Em Nairobi, o Presidente do Quénia, William Ruto, expressou as suas "mais profundas condolências ao povo do Irão" na sequência da morte de Ebrahim Raisi, que descreveu como um "líder destemido", e do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.

"O Presidente Raisi era um líder destemido e um funcionário público dedicado com uma longa e distinta carreira no serviço público. Foi um líder firme e empenhado nas causas em que acreditava e procurou elevar a posição do Irão na cena mundial", afirmou Ruto nas redes sociais.

Na mensagem, Ruto recordou a visita de Raisi ao Quénia em 12 de julho de 2023, naquela que foi a primeira viagem de um Presidente iraniano a África em onze anos.

Outros dirigentes africanos lamentaram igualmente a morte de Ebrahim Raisi e de Hossein Amir-Aabdollahian, como o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, que manifestou "choque e profunda tristeza" com a notícia.

Em comunicado divulgado em Adis Abeba, Faki Mahamat "estende sinceras condolências, simpatia e solidariedade" a Ali Khamenei, ao Governo iraniano e ao povo iraniano "durante este período de profunda dor e perda".

Os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, das Comores, Azali Assoumani, da Gâmbia, Adama Barrow, e de Madagáscar, Andry Rajoelina, e o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, emitiram mensagens de condolências semelhantes.

As equipas de socorro iranianas recuperaram hoje os restos mortais de Ebrahim Raisi e dos outros oito passageiros que seguiam no helicóptero que se despenhou no domingo no noroeste do Irão, anunciou a organização humanitária Crescente Vermelho.

O helicóptero que transportava também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amir-Abdollahian, despenhou-se na zona de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do país.

Poucas horas antes, o Governo iraniano confirmava a morte de Raisi, acrescentando que o desastre não vai causar "qualquer perturbação na administração" do país.

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