Em conferência de imprensa de antevisão da partida com o Boavista, da 33.ª jornada da I Liga de futebol, Sérgio Conceição abordou novamente o tema da sua renovação, depois de terem surgido notícias de que, em caso de saída, receberia uma avultada indemnização.

"Estou aqui há sete anos, já renovei três vezes. O clube nestes sete anos teve três anos difíceis de 'fair-play' financeiro, dois de pandemia. Penso que o trabalho tem sido bem feito. A opinião dos três candidatos e do atual presidente era que eu já devia ter renovado há um ano e pouco. O nosso presidente teve a intenção de o passar para o papel, e o doutor Nuno Lobo também teve a amabilidade de dizer que se fosse presidente era eu o treinador. Eu não estou agarrado ao lugar", frisou.

Questionado sobre a presença do presidente André Villas-Boas no Centro de treinos do Olival, Sérgio Conceição encarou com naturalidade.

"O ambiente não ficou melhor, nem pior com a passagem do presidente eleito. Esteve aqui, foi importante conhecer os funcionários e foi um discurso e uma conversa muito cordial comigo e com os atletas, de ambição. É normal quem trabalha aqui saber que essa é uma das características que tem de estar presente. Aceitar, conhecer, estar mais próximo das ideias do novo presidente. É só isso", reconheceu.

Ainda assim, o treinador recusou-se a fazer balanços, adiando, por isso, uma conversa sobre o seu futuro com o atual líder do clube e sobre a hipótese de continuar no comando técnico da equipa 'azul e branca'.

"Não é o momento de fazer balanços, senão tinha de falar de sete anos e não vou falar da pandemia, de 'fair-play' financeiro, de eleições. Os adeptos, sócios e simpatizantes estão mais preocupados com o jogo de amanhã [domingo], um dérbi da região Norte, e vai haver outro também. É uma região onde o futebol representa o país de uma forma excelente. Importante é pensar no jogo de amanhã e, depois, olhar a médio ou curto-prazo para os jogos que temos pela frente e para a final da Taça. Não é o momento de fazer balanços", defendeu.

Sérgio Conceição abordou ainda a possibilidade de ter Pinto da Costa sentado no banco na final da Taça de Portugal, admitindo que "será uma honra".

"A motivação é sempre a mesma. Obviamente que é uma honra e um prazer estar uma vez mais com o presidente [Pinto da Costa] no jogo. Estar no banco ou na bancada para ele é a mesma coisa, o sentimento dele é querer ganhar. É uma das características do nosso presidente e que está bem visível no museu com centenas de títulos. É bom, mas não vai dar nenhum extra. A nossa motivação tem de ser o trabalho, a preparação, a possibilidade de ganhar mais um título", disse.

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