O dinamismo e a conexão que o consumidor ganhou obriga  as marcas a transformar-se de forma a responder às suas necessidades mas também na forma como falam para o seu mercado. Quem o garante é Liliana Sousa Bernardino, que traduz a forma mais direcionada que as pessoas hoje exigem na escolha de uma marca.

"Mesmo em marcas como o Continente, que é extremamente democrático, fala para todos, há adaptação a fazer porque a população portuguesa mudou, é preciso mais autenticidade e falar para o coração do consumidor", diz a responsável da Sonae MC em entrevista ao SAPO, na Conferência Marketeer sob o tema "Há Mais Consumidores Por Aí" — que debateu precisamente o potencial para as marcas da golden generation. A resposta passa por parcerias e produtos que tragam uma resposta eficaz às necessidades dessa população que envelheceu, mas não perdeu exigência, bem pelo contrário.

Numa Europa grisalha, "qualquer negócio tem ganhos ao apontar a clientes mais velhos, considerando-os um segmento essencial na sua estratégia", sublinha o especialista norte-americano em ageism (idadismo, em português) Bradley Schurman. "A golden generation representa já mais de 50% da população, tem poder de compra e energia — os 50 ou 60 anos hoje não têm nada a ver com os de antigamente. E muitas marcas continuam distraídas em relação a isso", conclui Ricardo Florêncio, CEO da Multipublicações, também em entrevista ao SAPO.