Uma mulher com doença de Parkinson em estado avançado foi a primeira utente a receber o novo tratamento, no mês de abril. Antes desta opção, a utente apresentava flutuações motoras graves, o que a impedia, em muitos momentos do dia, de realizar as suas atividades diárias, revela a ULS de Braga. Além disso, precisava de tomar medicamentos de duas em duas horas para controlar os seus sintomas, apesar de não obter um bom controlo dos mesmos.
Em nota divulgada, a ULS de Braga indica que desde o início do tratamento com Duodopa subcutânea de forma contínua a utente revelou uma melhoria significativa na sua qualidade de vida. Passou a conseguir controlar melhor os sintomas motores, o que lhe permitiu ter de volta parte da autonomia na realização das suas atividades diárias.
Paula Vaz Marques, diretora clínica para os Cuidados de Saúde Hospitalares da ULS de Braga afirma que “é com enorme satisfação que podemos contribuir para a melhoria da qualidade de vida destes utentes, que sofrem, diariamente, com os efeitos da doença de Parkinson.” E acrescenta: “Acreditamos que este novo medicamento pode fazer uma diferença real na vida dos nossos utentes e é para isso que trabalhamos continuamente.”
O novo medicamento consiste numa solução para perfusão subcutânea contínua que combina foslevodopa e foscarbidopa. Estudos clínicos realizados demonstraram que o Duodopa é eficaz na redução dos sintomas motores da doença de Parkinson, com uma diminuição das flutuações motoras e discinésias (movimentos involuntários).
CG/COMUNICADO
Notícia relacionada
Grupo de cientistas acredita que sons poderão ajudar na avaliação do Parkinson