"Eu anuncio sempre investimentos que eu não sou um político de conversa fiada", disse Miguel Albuquerque aos jornalistas na iniciativa do primeiro dia da campanha eleitoral das regionais antecipadas que se realizam em 26 de maio.

Esta primeira iniciativa fica marcada pelo assumir de um dos compromissos eleitorais para com a freguesia de Santo António, no Funchal, que é a construção de "um novo nó de saída da via rápida, que vai permitir uma nova saída que vem descongestionar toda a Avenida da Madalena", que neste momento, nas horas de ponta, fica congestionada, realçou.

Este projeto está suspenso devido à crise política e queda do Governo Regional (PSD/CDS) e é um investimento na ordem dos 7,5 ME.

O candidato social-democrata, que é também presidente demissionário do Governo Regional, que chefia desde 2015, adiantou que nesta campanha a candidatura vai apostar em "continuar junto da população, em contacto com os concidadãos e assumindo os compromissos" como fez hoje.

"Connosco não há conversa fiada e voltamos a chamar a atenção para a necessidade de termos um governo aqui na Madeira com estabilidade, que consiga governar no sentido de mantermos o crescimento económico e baixo desemprego que temos neste momento", insistiu.

Albuquerque ainda criticou os que "são eleitos e não fazem nada, como está a acontecer em algumas zonas do país" e os "outros que não conseguem governar porque não há maioria, que agora parece que quem manda na República é a Assembleia e os partidos na Assembleia".

O líder madeirense sustentou que na Madeira é preciso um "governo que governe, que inspire confiança no mercado, nos agentes económicos, nas famílias e que garanta o rumo que está a seguir de crescimento económico e de empregabilidade".

Para o responsável do PSD/Madeira, nestas eleições é necessário o partido ter "uma maioria clara" porque são "os únicos que têm condições para governar".

A campanha eleitoral das eleições regionais antecipadas na Madeira começa hoje, envolvendo 14 candidaturas que vão a votos em 26 de maio.

Em disputa estão os 47 lugares do hemiciclo da Assembleia Legislativa Regional da Madeira e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, até terça-feira estavam recenseados para votar 254.522 eleitores.

O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa Democrática Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU -- Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS -- Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).

Estas eleições ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleições entre 1976 e 2015.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP (com quem os sociais-democratas foram a eleições coligados), 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE e o PAN ocupavam um lugar cada.

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