"Portugal é dos últimos a ir ao teatro, ao cinema, à ópera, a concertos, a ler livros. Temos de atrair cada vez mais públicos e na cultura isso vai dos 3 aos 100 anos", vinca, em entrevista ao SAPO, Álvaro Covões, lembrando o potencial da cultura, que é não apenas um "elixir da juventude", mas também um meio de crescimento e enriquecimento pessoal e profissional.
Anfitrião na Conferência Marketeer sob o tema "Há Mais Consumidores Por Aí" — que reuniu especialistas de diversas áreas de marketing no Sagres Campo Pequeno para debater o potencial para as marcas da golden generation —, o responsável da Everything is New defende que é essencial conseguir comunicar e chamar novos públicos. E este "novos" não está de todo relacionado com a idade, passando antes por criar propostas que despertem interesse nos consumidores, num panorama nacional cada vez mais envelhecido. Até porque a idade pode ser uma vantagem, já que traz capacidade financeira e disponibilidade acrescidas.
De que forma se enfrenta essa nova equação que as marcas têm de resolver? "Todos sabemos que hoje a segmentação de públicos já não se faz pelas variáveis de há uns anos – baseada na idade e rendimento –, sendo antes uma matriz muito complexa, onde entram também os hábitos, perfis, interesses, novas tendências e muito mais fatores diferenciadores", lembra Ricardo Florêncio, CEO da Multipublicações. "Mas a multiplicidade de meios à disposição também é uma grande oportunidade, pois permite comunicar de forma muito mais direcionada para cada target", conclui o responsável.