Marta Temido foi recebida pela embaixadora Maryna Mykhailenko hoje de manhã na Embaixada da Ucrânia em Lisboa e prestou declarações aos jornalistas no fim do encontro, que durou cerca de meia hora.

A cabeça de lista do PS realçou que está a ser preparada uma conferência para junho, na Suíça, "para uma solução pacífica para este conflito".

"Portanto, nós temos a expectativa de que haja a capacidade de avançar pela via diplomática e encontrar uma solução de paz. Naturalmente que enquanto isso não acontecer o nosso apoio à Ucrânia é irrenunciável e incondicional", afirmou.

Marta Temido salientou que a posição inscrita no manifesto eleitoral do PS é a de que não se pode "descansar, nem virar costas, enquanto houver bombas a cair em solo europeu".

O PS incluiu este encontro na sua agenda de pré-campanha para as eleições de 09 de junho para a Parlamento Europeu "por tudo aquilo que está em jogo", em defesa da "continuidade do esforço humanitário, mas também militar e financeiro que a União Europeia está a dar à Ucrânia", justificou a cabeça de lista.

"E porque não podemos esquecer que há um processo de alargamento que terá um forte impacto naquilo que é a forma como o projeto europeu está configurado atualmente", acrescentou.

Segundo a antiga ministra da Saúde, a União Europeia tem feito "o possível", dentro do atual quadro, para apoiar a Ucrânia contra a invasão russa.

Sobre a candidatura da Ucrânia à União Europeia, Marta Temido considerou que "os países candidatos não podem permanecer sem tempo numa sala de espera do projeto europeu", mas reiterou que é preciso "o cumprimento integral dos critérios para a integração".

"E também, da parte da União Europeia, das suas instituições, as adaptações, quer institucionais, quer orçamentais, que permitam uma absorção adequada", completou.

Neste encontro, a cabeça de lista do PS às eleições europeias quis também "perceber na primeira pessoa de viva voz quais são as últimas atualizações relativamente à situação no terreno" e as "iniciativas previstas para os próximos dias de contactos com as instituições europeias".

Por outro lado, falou-se da de "questões que envolvem a Ucrânia em termos de segurança alimentar, em termos de segurança energética" e da "situação dos próprios ucranianos que residem em Portugal", relatou.

Questionada sobre que expectativas tem para esta campanha eleitoral, que começa oficialmente na próxima segunda-feira, Marta Temido do PS respondeu: "Trabalhar, estar na rua, explicar às pessoas a importância daquilo que está em causa".

"O nosso trabalho vai ser no sentido de reforçar aquilo que está em causa quanto ao projeto europeu, que nós damos por adquirido, mas que pode não estar assim tanto, se nós nos distrairmos", declarou.

IEL // JPS

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