"Estamos a consertar a barreira na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia, estamos a reforçá-la", disse Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, em declarações à rádio privada Zet.

"Os gastos com esse objetivo são os mais altos da história [da Polónia]", sublinhou o ministro.

Kosiniak-Kamysz adiantou que o aumento da presença de forças militares polacas e aliadas em regiões próximas da fronteira também está a ajudar a proteger a fronteira oriental da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e da União Europeia (UE).

Essa presença aumentou desde a agressão da Rússia à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O ministro polaco reiterou que a Bielorrússia e a Rússia orquestraram uma onda de migração irregular para a Polónia, que teve o seu pico em 2021/2022, com o objetivo de desestabilizar a Polónia, um aliado ucraniano, e a UE.

Na altura, tanto a Polónia como a Lituânia e outras nações bálticas acusaram o Governo do Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, de enviar migrantes através das suas fronteiras, que também são a fronteira externa da EU como resposta às sanções impostas após as eleições presidenciais de 2021 naquele país -- consideradas fraudulentas pelo Ocidente -- e a dura repressão aos manifestantes bielorrussos.

O afluxo acabou, em grande parte, por ser restringido devido sobretudo à barreira que a Polónia concluiu no ano passado, mas algumas travessias ilegais continuam.

Kosiniak-Kamysz sublinhou que a barreira serve como medida de defesa mais ampla perante a guerra da Rússia na Ucrânia, que faz fronteira com a Polónia e defendeu a construção de uma linha de 'bunkers', trincheiras e valas defensivas pela Polónia ao longo daquela fronteira e da existente com o enclave russo de Kaliningrado.

PMC // APN

Lusa/Fim