Foi em Julho de 2023 que Júlio César revelou que tinha um segundo cancro no pulmão, agora no esquerdo. Em 2016 o ator tinha descoberto um tumor no pulmão direito. À TV 7 Dias, o ator conta como está a ser esta nova luta. “A minha saúde está controlada, está a ser seguida por pessoas muito competentes”, começa por explicar. “Eu fui operado, tinha um cancro no pulmão direito, cortaram um terço, o que leva a que me canse mais. Andei cinco anos nisto, quando o médico se preparava para me dar a alta, apareceu-me um nódulo no pulmão esquerdo e que tenho estado a resolver”, partilha o ator.

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Desde então, há dois anos, que tem feito vários tratamentos, entre eles imunoterapia e quimio. “As coisas estão a correr bem. Estou a ter resultados positivos, tanto é que trabalho, faço a minha vida normal, não tenho nenhum tipo de restrição”, revela Júlio César que dá vida a Abel, na novela da TVI Festa É Festa.

O ator assume que foi com “frustração” que recebeu a notícia com o diagnóstico. Quando eu pensava que estava tudo resolvido, foi voltar outra vez à quimioterapia, à imunoterpia. São derrotas, mas depois sempre que vem uma notícia boa o sabor da vitória é outro. Festeja-se cada vez mais os bocadinhos de vida que vamos tendo”, diz o ator, assumindo que tem “efeitos secundários”. “Há sempre. Estas coisas fazem bem a umas coisas e mal a outras. Algumas mazelas chatas. Hoje por exemplo ia pôr um anel de cena e não consegui, porque estava com os dedos inchados e penso que isso é um efeito de um medicamento que eu tomo, ou de um tratamento que eu faço. Mas enfim, temos que nos habituar a viver com isto.”

“Não estou a pensar operar”

Quisemos perceber se estaria em cima da mesa poder ser operado como aconteceu anteriormente. “Não estou a pensar operar, o pulmão direito é maior do que o esquerdo, eu pude tirar um terço e ele ficou igual ao esquerdo. É mais complicado operar o esquerdo justamente por causa do coração. Muito provavelmente não será necessário. Vamos ver se a imuno trata disto”, acredita.

Júlio César, 76 anos, encontrou no trabalho a força para lutar e por isso mesmo nunca quis deixar de fazer o que mais gosta. “Nunca quis deixar de trabalhar. Isso não é bom para a cabeça, para o corpo… É bom encontrar os colegas, o contacto com eles, rir com eles, falar destas coisas sem problema e encarar e acreditar nas pessoas que nos sabem tratar”, sublinha.

Texto: Ana Lúcia Sousa (ana.lucia.sousa@worldimpalanet.com) Fotos: Arquivo Impala e Divulgação TVI