"Estamos a avançar com os nossos esforços para eliminar completamente as importações russas de combustíveis fósseis e para fornecer energia mais segura, limpa e acessível aos cidadãos europeus e reforçar a competitividade das nossas indústrias", salientam em nota hoje divulgada a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o vice-presidente executivo responsável pelo Pacto Ecológico Europeu Maros Sefcovic e a comissária europeia da Energia, Kadri Simson.

Face às dificuldades e às perturbações do mercado mundial da energia suscitadas pela invasão russa da Ucrânia, a Comissão Europeia lançou em maio de 2022 plano energético REPowerEU, visando poupar energia, produzir energia limpa e diversificar o aprovisionamento energético.

"Dois anos depois, os resultados dos nossos esforços coletivos são evidentes para todos. Efetuámos um corte substancial nas importações de energia russas, esmagando a economia de guerra do Kremlin e sendo solidários com os nossos amigos ucranianos. Trabalhámos com parceiros internacionais fiáveis para substituir as importações russas sempre que necessário, nomeadamente através de compras conjuntas no âmbito da Plataforma Energética da UE. Empenhámo-nos, enquanto europeus, em reduzir a nossa procura de energia e investimos para acelerar a substituição dos combustíveis fósseis importados por energias renováveis produzidas internamente", salientam os responsáveis.

De acordo com os membros do executivo comunitário, "estes esforços tiveram como resultado uma implantação sem precedentes das energias renováveis e um realinhamento histórico do [...] aprovisionamento energético".

Face a tais esforços, "os preços [da energia] estão agora de volta aos níveis anteriores à guerra", concluem.

A UE tem vindo a reduzir as importações de gás russo (que chega por gasoduto), passando de uma dependência de 40% em 2021 para 8% em 2023.

Face a este plano, os 27 Estados-membros também já economizaram 20% do seu consumo de energia, introduziram um limite máximo ao preço do gás e ao preço do petróleo a nível mundial e duplicaram a implantação adicional de energias renováveis.

ANE // CSJ

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