Diretor da SkyExpert, é consultor em estratégia comercial para a aviação, turismo e aeroportos. Licenciou-se em Direito na Faculdade de Lisboa e de Estrasburgo, iniciou a carreira em marketing da PGA-Portugália Airlines e foi convidado a integrar os quadros da empresa de consultoria comercial do Grupo Swissair em Zurique em 2000. Prosseguiu a sua carreira no desenvolvimento de negócio aéreo do aeroporto de Basileia numa altura de crise para o aeroporto após ter perdido a sua companhia-base, a Crossair, e tendo como missão negociar novas bases da easyJet e novas companhias para o aeroporto. Seguidamente, mudou de ramo e trabalhou 4 anos na banca privada em Zurique e, em 2011, coincidindo com a sua mudança para Israel, regressou à indústria aérea através da empresa TAL Aviation, que presta consultoria comercial e marketing a várias companhias aéreas, aeroportos, hotéis e regiões de turismo em todo o mundo. Depois de regressar a Portugal, em 2015, ainda viveu também no Uruguai. É ainda vogal independente da assembleia de freguesia lisboeta da Estrela (2021-2024).
O valor dos slots da TAP num aeroporto congestionado e os voos fora de horas que não deixam os lisboetas dormir: uma dupla armadilha que aprisiona o Estado.
Num momento em que a mobilidade sustentável é uma prioridade em todo o mundo, Portugal e Espanha, dois países europeus, continuem a protelar um projeto vital para a sua integração e competitividade.
… e por isso é melhor não fazer nada! Foi uma das conclusões do referendo sobre a preservação da biodiversidade, realizado a 22 de setembro, na Suíça, que contou com a participação de 45% dos eleitores.
A Comissão Europeia tem falhado em proteger as companhias aéreas europeias das suas concorrentes internacionais que beneficiam de condições de concorrência desleal.
Os pilares básicos de uma sociedade funcional — segurança, saúde, educação, justiça e, já agora, ambiente — estão a ruir sob o peso de prioridades distorcidas.
Pelo valor que (não) tem, é importante considerar que o teor do relatório da IGF está mais próximo de uma obra de ficção. Para certas pessoas, a TAP é a “galinha dos ovos de ouro” e é por isso que recorrem a vários mecanismos para a manter na sua esfera de influência.
Muitos lisboetas são facilmente induzidos a terem uma profunda preocupação com os aparentes perigos de um aeroporto localizado dentro da cidade e das consequências de uma hipotética catástrofe aérea que nunca ocorreu.
Há vários anos que outra chama arde silenciosamente e sufoca os habitantes e turistas da ilha: a da mobilidade empurrada para um monopólio aeronáutico.
A minha reflexão de hoje é sobre esta incrível receita de sucesso: “visão-estratégia-investimento-resultados”. É isto que falta aos nossos líderes políticos.
Muito mais do que a visita de Estado do nosso primeiro-ministro, é este tipo de iniciativas nascidas das mãos de dois residentes acidentais não-lusófonos que me traz um sopro de esperança.
A decisão de impor restrições draconianas aos AL, enquanto se permite a ocupação de quarteirões inteiros por hotéis é um claro exemplo de uma política pública desequilibrada e injusta.
A todos aqueles que compraram casa no bairro de Alvalade ou na Alta de Lisboa sonhando que um dia o aeroporto sairia dali, aceitem que isso não acontecerá.
Que fique bem claro: os aviões da TAP não são caravelas, o novo aeroporto não vai rescrever Os Lusíadas e, já agora, a padeira de Aljubarrota é apenas uma lenda da nossa história medieval.
Através da lei do financiamento de (alguns) partidos, pagamos do nosso bolso a publicidade política que invade o nosso espaço público em permanência, em muitos casos com mensagens de manipulação e de desinformação,
Hoje, viajar e comunicar dentro da Europa é infinitamente mais fácil e acessível. Essa aproximação, liberdade e mobilidade são superações que obtivemos graças à União Europeia.
Muitas cidades introduziram taxas turísticas com a justificação de que esses recursos servem para mitigar os efeitos negativos do turismo. Mas alimentam-no com elas.
Somos um país pobre. Com turismo, sol e boa comida, mas pobre. E nessa pobreza ainda não conseguimos priorizar o investimento naquilo que, um dia, nos poderá voltar a dar riqueza.