A variação de dois pontos percentuais reflete o evoluir do saldo global (que inclui todas as receitas e despesas do Estado), que se agravou de 707 para 1.306 milhões de escudos (6,3 para 11,7 milhões de euros).

Em sentido contrário, o saldo global primário (que exclui as despesas com juros da dívida) registou um superavit de 725,8 milhões de escudos (6,5 milhões de euros), valor equivalente a 0,3% do PIB.

Ou seja, excluído o impacto dos custos da dívida, os cofres de Cabo Verde guardam um excedente que, ainda assim, reduziu-se em relação ao que lá estava guardado em abril de 2023: 1.158,8 milhões de escudos (10,4 milhões de euros), que representava 0,4% do PIB.

O Governo de Cabo Verde considera que houve uma "melhoria significativa nos principais indicadores fiscais do país".

Nos detalhes dos saldos, os dados revelam um aumento de 10,1% nas receitas totais, com um novo impulso na arrecadação de impostos, tendência já registada em trimestres anteriores.

Do outro lado das contas, as despesas correntes registaram um agravamento de 9,9%, com destaque para os aumentos em aquisição de bens e serviços, transferências, benefícios sociais e despesas com pessoal.

No que respeita ao rácio da dívida pública, no mesmo período, reduziu-se de 112,1% para 107,7% do PIB, uma queda de 4,4 pontos percentuais, aliviando um dos indicadores de alguma fragilidade para a economia cabo-verdiana, segundo instituições internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Estes dados evidenciam que estamos no caminho certo para a consolidação fiscal e o fortalecimento da economia de Cabo Verde", concluiu o Governo.

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