Nasceu hoje a primeira associação que tem por objetivo representar o setor de Public Affairs em Portugal, reunindo "organizações que se dedicam à atividade profissional de representação de interesses, próprios ou de terceiros, de origem portuguesa ou estrangeira, a operar no mercado nacional, assim como profissionais a título individual", explicita a PAPT, que terá Sofia Cartó, managing partner da Loyal Ecosystem, como presidente. Também na liderança da associação estão Rita Serrabulho, managing partner da Political Intelligence Portugal, e Gonçalo Boavida, partner da Lift Consulting, ambos como vice-presidentes.

“A atividade de public affairs é fundamental para a tomada de decisão pública, permitindo que se façam escolhas mais informadas e fundamentadas, ouvindo as diferentes partes e fomentando a participação cívica”, diz a presidente da PAPT, apontando que “o trabalho conjunto entre profissionais e organizações que se dedicam a este setor é determinante para a profissionalização e reconhecimento de uma atividade legítima e alinhada com as melhores práticas a nível Europeu”.

Para a PAPT, a representação dos interesses das organizações junto dos seus stakeholders (poder legislativo e executivo, reguladores, ou influenciadores de tomada de decisão – a nível europeu, nacional e local) permite aperfeiçoar a definição de políticas públicas, construindo e cimentando a imagem e reputação das organizações, trabalhando com base nos interesses comuns e em prol de uma maior participação cívica e transparência democrática. Razão pela qual a missão de criar esta estrutura fazia mais sentido.

Contando ainda nos corpos sociais com Gonçalo Almeida Simões, como presidente da Mesa da Assembleia Geral, e Luís Rhodes Baião, secretário da Mesa da Assembleia Geral, a entidade agora criada tem como missão "fortalecer, credibilizar e dignificar os assuntos públicos em Portugal, trabalhando para a profissionalização, regulação e transparência da atividade, e para que seja praticada segundo os mais elevados padrões de ética".

A Associação funcionará em estreita relação com a PACE (Public Affairs Community of Europe), que agrega associações congéneres de diferentes países da Europa, a partir de cuja experiência espera conseguir enriquecer a regulamentação do lobbying, que tem sido permanentemente adiada em Portugal.

"A PAPT está disponível para trabalhar com outras associações e organizações da sociedade civil na regulamentação da representação legítima de interesses, comumente reconhecida por lobbying, prática já adotada pelas mais robustas democracias da Europa, comprometendo-se a desenvolver um Código de Conduta que paute a ação e comportamento dos seus associados no desempenho da atividade em Portugal", adianta ainda a nova associação, que contemplará também atividades de formação para profissionais de assuntos públicos, bem como iniciativas de informação e educação dirigidas à sociedade civil e outros stakeholders sobre gestão de Assuntos Públicos e Representação legítima de Interesses.

São membros fundadores da PAPT as empresas ATREVIA, Lift Consulting, Loyal Ecosystem e Political Intelligence Portugal, bem como os profissionais individuais, Gonçalo Almeida Simões e Luís Rhodes Baião.