"Discutimos diferentes formas de aumentar a nossa cooperação bilateral. O ministro Djuric expressou o seu apoio à soberania e à integridade territorial da Ucrânia e eu fiz o mesmo em relação à Sérvia. Abordámos a integração europeia dos dois países", afirmou Kuleba numa mensagem divulgada na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

O chefe da diplomacia ucraniana reuniu-se também com o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, e com o primeiro-ministro, Milos Vucevic.

O Presidente sérvio, por sua vez, descreveu a reunião como "muito boa e positiva".

"Debatemos e acordámos melhorar as relações bilaterais, sublinhando a intenção de organizar um fórum económico em que participem empresários de ambos os países num futuro próximo", declarou Vucic.

Salientou igualmente que o embaixador sérvio na Ucrânia regressará às suas funções em Kiev o mais rapidamente possível e transmitiu a Kuleba os problemas que a Sérvia atualmente enfrenta, especialmente a nível internacional.

Por seu turno, Vucevic sustentou que a Sérvia "está comprometida com o Direito Internacional e com a integridade territorial de todos os Estados-membros da ONU, entre os quais a Ucrânia".

Os dois responsáveis governamentais debateram também a situação política e de segurança no mundo e as possibilidades de cooperação entre países, dadas as atuais condições.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os dois beligerantes mantêm-se irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.

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