O Ministério da Saúde angolano referiu, em comunicado, que a campanha, cuja primeira fase está agendada para os dias 17, 18 e 19 de maio, será realizada para prevenir e dar resposta à ocorrência de um caso de poliomielite importado de países vizinhos.

A erradicação da pólio "é um compromisso global e do país para proteger a saúde" das crianças "e manter Angola livre da poliomielite", lê-se na nota.

Segundo o ministério, a segunda fase da campanha acontecerá entre 28 e 30 de junho próximo, sendo que ambas as fases serão realizadas porta a porta, em igrejas, mercados e unidades hospitalares.

A campanha abrange todas as crianças menores de cinco anos, incluindo as que já tenham tomado vacinas de rotina na campanha de 2023.

As autoridades apelam à participação de todos na promoção da campanha de vacinação contra a poliomielite, porque "a vacinação pode garantir uma Angola livre da ameaça da poliomielite", acrescenta o Ministério da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu, com a autoridades angolanas, em outubro de 2023, uma campanha de vacinação contra a poliomielite em todas as províncias de Angola devido à baixa taxa de imunidade, de 60%, das crianças angolanas.

Em comunicado enviado à Lusa, na ocasião, a OMS referia que Angola erradicou sucessivamente a circulação do poliovírus em 2015, "mas a análise dos dados de cobertura da vacinação para a pólio oral bivalente e pólio inativa para o período desde 2022 até ao primeiro trimestre de 2023 mostra que a imunidade das crianças aos tipos 1, 2 e 3 do poliovírus é atualmente baixa, estimada em menos de 60%".

A poliomielite é uma doença grave que pode causar paralisia irreversível, e é contraída, nomeadamente nos países em desenvolvimento, através da água contaminada por fezes humanas e afeta sobretudo crianças com idade inferior a cinco anos.

DYAS // MLL

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