"Tenho confiança na minha inocência", afirmou a ex-mandatária, que entrou na sede judicial em Banguecoque acompanhada por uma centena de seguidores e membros do seu partido, Puea Thai.

Antes de entrar, Yingluck afirmou que estava também confiante de que as provas demonstrem a sua inocência e apelou a que não haja influências externas, de modo a que o tribunal faça justiça.

O tribunal indicou que a ex-mandatária não poderá abandonar o país sem pedir autorização e que deverá comparecer em todas as audiências do julgamento, que continua nos próximos dias 21 e 28 de julho, para analisar provas e testemunhos.

Yingluck, primeira-ministra entre 2011 e 2014, implementou um plano de subvenções, que consistia na compra de arroz aos agricultores a preços acima dos praticados no mercado.

O Governo da ex-primeira-ministra armazenou o arroz comprado na expectativa que os preços aumentassem, mas este acabou por desvalorizar no mercado internacional e a Tailândia perdeu a liderança como principal exportador mundial de arroz.

Segundo a Comissão Nacional Anticorrupção, o plano resultou em prejuízos na ordem de 600 milhões de baht (cerca de 16 milhões de euros), fomentou a corrupção e causou danos aos agricultores devido ao atraso nos pagamentos.

Yingluck Shinawatra, que dirigiu o governo tailandês até ser destituída pelo Tribunal Constitucional no início de maio do ano passado, chegou a estar detida depois do golpe militar de 2014.

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Lusa/fim