A MIF, que este ano realiza a sua 20.ª edição, "enriqueceu o conteúdo e aumentou a escala do pavilhão dos países de língua portuguesa", introduzindo o conceito de "exposição dentro da exposição", concentrando numa área de 2.241 metros quadrados um total de 249 'stands' com 150 expositores", explicou, em conferência, a coordenadora geral da 20.ª MIF e vogal executiva do Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM) -- entidade que organiza o certame -- Irene Lau.
Como realçou Glória Batalha, à margem da apresentação da MIF, que arranca na quinta-feira e termina no domingo, "antigamente eram só produtos e agora também vão ser facultados serviços".
Para o efeito, foram convidados então 16 fornecedores de serviços profissionais de diferentes áreas -- da consultadoria, ao setor financeiro, à interpretação/tradução, comércio eletrónico ou publicidade --, todos bilingues e inscritos no portal para a cooperação na área económica e comercial e de recursos humanos entre a China e os países de língua portuguesa, que foi lançado em abril.
Caso essa "exposição dentro da exposição" obtenha bons resultados, no futuro pode até ser realizada uma feira independente da MIF, explicou a também vogal executiva do IPIM, Glória Batalha.
A maior participação no mapa lusófono vem de Portugal -- como tem vindo a ser tradição -- que far-se-á representar no certame por aproximadamente 130 empresas e associações, uma das maiores participações portuguesas dos últimos anos na MIF.
Mas, como adiantou o presidente da Associação de Jovens Empresários Portugal-China (AJEPC), Alberto Carvalho Neto, este ano, há outra coisa "interessante": "o número de pessoas que vem para testar um pouco o mercado e perceber o ambiente de negócios".
"Vamos ter muitos 'olheiros', ou seja, muitas empresas grandes que vêm medir um bocadinho a presença deles no futuro ou não numa ação como a MIF", disse, sem facultar, porém, mais detalhes.
Alberto Carvalho Neto destacou, por outro lado, a diversidade de empresas que participa, notando que se conseguiu "saltar" um pouco do setor agroalimentar.
"Este ano, temos uma presença muito forte do turismo, serviços, serviços financeiros, também tecnologias de informação, de empresas que procuram aliados para se lançarem no 'e-commerce'", realçou.
Em termos institucionais, e ainda de Portugal, está confirmada a presença do presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho.
A MIF, com uma área total de 37.000 metros quadrados, vai acolher cerca de 2.000 'stands' e receber mais de 950 empresas e organizações -- um aumento de 22% face ao ano passado -- de um universo de mais de 50 países e territórios.
O orçamento para a 20.ª edição ronda os 37 milhões de patacas (cerca de quatro milhões de euros), valor idêntico ao da edição anterior.
No âmbito da MIF decorrem também fóruns e seminários temáticos, com a tónica a assentar, este ano, além da lusofonia, nomeadamente em torno da nova política "Uma Faixa, Uma Rota", nome simplificado do projeto de investimento impulsionado pela China para reforçar a sua posição como centro comercial e financeiro da Ásia.
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