De acordo com o teor do documento, ao qual a Lusa teve hoje acesso, o entendimento entre os governos dos dois países coloca a França como "um parceiro estratégico no domínio do ensino superior e da formação de quadros" angolanos.
Entre várias medidas, o acordo, no âmbito do Plano Nacional de Formação de Quadros angolanos, prevê a promoção da aprendizagem das línguas francesa e portuguesa nas instituições e estabelecimentos de ensino superior, em Angola e França, de forma a "incentivar os intercâmbios científicos".
Permitirá também promover a formação graduada em áreas de conhecimento "preponderante ao desenvolvimento social e económico", nomeadamente através da concessão de bolsas de estudo de cofinanciamento franco-angolano.
Celebrado pelos ministérios da Educação dos dois países, este entendimento envolve a formação de docentes angolanos em instituições franceses, em doutoramentos e pós-doutoramentos, incluindo no "aperfeiçoamento linguístico".
A França vai ainda apoiar a formação de especialistas angolanos com assistência técnica, estando igualmente prevista a colaboração no âmbito da avaliação e acreditação de cursos para "assegurar a qualidade de ensino superior", além de "fortalecer" a cooperação franco-angolana bem como a "confiança mútua" nesta área.
As 62 instituições de ensino superior angolanas, públicas e privadas, são frequentadas atualmente por pouco mais de 269 mil estudantes.
O Governo angolano atribuiu para o ano letivo de 2015 cerca de 8.000 bolsas para estudos internos e 1.200 no exterior do país.
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