Em comunicado, o Conselho de Ministros refere ter decidido alterar a classificação deste conjunto arqueológico, que era Imóvel de Interesse Público, desde 1974.

"Diversos estudos e trabalhos de escavação efetuados vieram ampliar o reconhecimento do interesse arqueológico e científico do sítio, bem como do seu contexto paisagístico, justificando-se a sua reclassificação como Monumento Nacional", pode ler-se no comunicado do Governo.

Situado a cerca de 12 quilómetros de Évora, na Herdade dos Almendres, na União das Freguesias de Nossa Senhora da Tourega e Nossa Senhora de Guadalupe, o Cromeleque dos Almendres é o "maior conjunto de menires estruturados da Península Ibérica".

A Direção-Geral do Património Cultural, na sua página na Internet, refere tratar-se de "um dos mais relevantes" monumentos "do megalitismo europeu".

O sítio arqueológico é composto por diversas estruturas megalíticas, nomeadamente cromeleque, menir e pedras, tendo sido descoberto pelo investigador Henrique Leonor Pina, em 1964, aquando do levantamento da Carta Geológica de Portugal.

Abrangendo uma larga faixa cronológica, desde o Neolítico Médio até à Idade do Ferro (ou seja, desde finais do 6.º até inícios do 3.º milénios antes de Cristo), este sítio apresenta, entre outros elementos, um cromeleque de planta circular irregular, composto por 95 monólitos de granito (chegaram a ser mais de 100).

"Em relação aos monólitos propriamente ditos, eles possuem, no seu conjunto, forma almendrada", sendo alguns deles "de consideráveis dimensões", apesar "da preponderância dos de pequenas dimensões", realça a Direção-Geral do Património Cultural.

Quanto à decoração, alguns dos monólitos apresentam "as denominadas 'covinhas' ou linhas sinuosas e radiais".

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