Assunção Cristas falava na inauguração da Expoflorestal, que decorre em Albergaria-a-Velha, onde realçou que o setor exporta já 4,5 mil milhões de euros, sendo o saldo da balança comercial florestal positivo em 2,5 mil milhões de euros.
"Este é um caminho que podemos intensificar e obter ainda melhores resultados se os pequenos proprietários se juntarem nas organizações de produtores florestais, para que possam concorrer melhor aos novos instrumentos comunitários e com isso terem melhores produções", disse.
A ministra observou que existe procura de matéria-prima, pelo que é preciso aproveitar os novos fundos comunitários para aumentar a produção, devendo abrir em junho as candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020).
Assunção Cristas aproveitou para realçar o "trabalho muito intenso nos vários domínios da floresta" que tem sido desenvolvido pelo Governo e pelo seu ministério, "seja no domínio da estruturação fundiária, com forte impulso às Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), seja no domínio dos baldios, ou ainda no licenciamento, dispensando-o em muitas áreas e optando pela comunicação prévia, conforme o novo regime de arborização e rearborização".
A ministra lembrou o novo regime fiscal, introduzido com a fiscalidade verde e "possível após a saída da 'troika', que pela primeira vez se adequa àquilo que é o ciclo de produção na floresta e que procura fomentar uma gestão cada vez mais agrupada e cada vez mais ativa", indo ao encontro do que defendiam os produtores.
"São tudo instrumentos que dão os seus resultados, nunca no curto prazo porque esse não é o tempo da floresta, mas no médio e longo prazo. A floresta já está a dar um contributo extremamente importante para o nosso crescimento económico, para a criação de emprego e para a valorização do património e o ambiente, e se soubermos aproveitar esses instrumentos que favorecem mais produção primária, a indústria fará o restante, porque está também interessada em mais matéria-prima para a sua diversidade de usos", concluiu.
MSO // CSJ
Lusa / Fim