O indivíduo de nacionalidade guineense era oriundo de São Paulo e fez escala em Casablanca, Marrocos.
O "comportamento suspeito" levou a que fosse intercetado pela PJ que descobriu tratar-se de um "correio de droga" que tinha ingerido cápsulas de cocaína como forma de introduzir o estupefaciente no país, referiu a mesma fonte.
Na sexta-feira, a PJ da Guiné-Bissau tinha detido outro suspeito, proveniente de Lisboa, com 1,65 quilos de cápsulas de cocaína no estômago.
Fonte policial explicou à Lusa que a investigação em curso aponta para a existência de uma rede organizada a operar na Guiné-Bissau com recurso a correios de droga angariados em vários países para importar cocaína - que depois é vendida para outros destinos.
Estes 'correios' recebem um telemóvel com cartão da Guiné-Bissau antes de embarcarem num avião e é através daquele número de telefone que são contactados pelo recetor da droga depois de chegarem ao país e passarem pelo controlo no aeroporto.
Por sua vez, o membro da rede recebe uma fotografia do homem que transporta a droga para o poder identificar.
O diretor nacional adjunto da PJ guineense, Faustino Aires dos Reis, referiu em setembro de 2014 que o número de pessoas a passar pela Guiné-Bissau como correio de droga está a aumentar.
A altura, a polícia tinha feito 10 apreensões naquelas circunstâncias desde o início do ano o que evidencia "uma tendência", referiu aquele responsável.
LFO // MSF
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