Um homem de nacionalidade nigeriana, de 35 anos, tinha partido de São Paulo, Brasil, com um passaporte da Guiné-Bissau falsificado, fez escala no aeroporto de Lisboa e viajou para Bissau na sexta-feira, onde foi detido com 330 gramas de cápsulas de cocaína no estômago.
De acordo com fonte da PJ guineense, o individuo já estava a ser seguido pelas autoridades em Lisboa, que lançaram o alerta acerca da suspeita de tráfico de droga.
Em fevereiro, outros dois correios de droga foram intercetados e fonte policial explicou à Lusa que a investigação em curso aponta para a existência de uma rede organizada a operar na Guiné-Bissau.
A suposta rede recorre a indivíduos angariados em vários países para importar cocaína - que depois é vendida para outros destinos.
Estes "correios" recebem um telemóvel com cartão da Guiné-Bissau antes de embarcarem num avião e é através daquele número de telefone que são contactados pelo recetor da droga depois de chegarem ao país e passarem pelo controlo no aeroporto.
Por sua vez, o membro da rede recebe uma fotografia do homem que transporta a droga para o poder identificar.
O diretor nacional adjunto da PJ guineense, Faustino Aires dos Reis, referiu em setembro de 2014 que o número de pessoas a passar pela Guiné-Bissau como correio de droga está a aumentar.
A altura, a polícia tinha feito 10 apreensões naquelas circunstâncias desde o início do ano o que evidenciava "uma tendência" de crescimento do número de casos, referiu aquele responsável.
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