"Todos os esforços e sacrifícios são poucos quando a tarefa é engrandecer a nossa pátria. Embora por vezes incompreendido, é nesta tarefa que estou empenhado", disse o chefe de Estado, ao discursar na sessão comemorativa da Assembleia Nacional Popular dos 42 anos da Independência da Guiné-Bissau.

Vaz acrescentou que a "situação política revelou aspetos positivos da nossa aprendizagem da democracia e permitiu que a Guiné-Bissau desse um salto qualitativo a nível de indicadores que regem as sociedades modernas".

"Apesar da tensão social vivida e da exaltação de espíritos, em nenhum momento foram assinaladas violações de direitos humanos" ou da "liberdade de expressão e de imprensa, pese embora todos os excessos verificados", referiu.

Por outro lado, ao submeter-se ao acórdão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), o Presidente guineense considerou que o poder judicial "sai valorizado e vê reforçada a sua autoridade enquanto pilar do Estado de direito democrático, independentemente do juízo de mérito da sua decisão".

José Mário Vaz demitiu a 12 de agosto o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, ambos eleitos pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) em 2014, mas que revelaram desentendimentos políticos e pessoais já em funções.

Vaz deu posse a um novo primeiro-ministro, Baciro Djá (também do PAIGC, mas não apoiado pelo partido) e respetivo Executivo, ato presidencial que o STJ veio a considerar inconstitucional.

Carlos Correia foi na última semana proposto pelo PAIGC (partido com maioria parlamentar) e empossado pelo PR como novo primeiro-ministro, aguardando-se agora pela formação do Governo.

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