Regressado a Bissau após três dias no Senegal, onde se encontrou com os seus homólogos daquele país e da Guiné-Conacri, José Mário Vaz disse, no aeroporto da capital guineense, não poder avançar mais detalhes sobre a comunicação que pretende fazer.
A tensão política na Guiné-Bissau cresceu depois de divulgada a possibilidade de José Mário Vaz demitir o Governo alegando dificuldades de relacionamento com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, e por discordar de algumas medidas do Executivo.
O Presidente guineense disse ter-se deslocado a Dacar a convite do seu "irmão" Macky Sall, presidente do Senegal e da conferência dos chefes de Estado da Comunidade Económica de Estados da Africa Ocidental (CEDEAO).
No encontro, a que se juntou o presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, o líder guineense disse ter discutido com os homólogos a situação na sub-região com particular destaque para a Guiné-Bissau.
Ao descer do avião presidencial do Senegal que o transportou até Bissau, o presidente guineense não cumprimentou o líder do parlamento do país, Cipriano Cassamá, nem o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, que, cumprindo o protocolo, o foram esperar na pista.
Em passos largos e ladeado pelos dois, José Mário Vaz dirigiu-se, ao sair do avião, para a revista à guarda de honra militar, tendo de seguida cumprimentado alguns diplomatas que estavam no aeroporto.
Depois de prestar curtas declarações aos jornalistas, o presidente guineense dirigiu-se a centenas de populares, na sua maioria jovens, que o aguardavam nas imediações do aeroporto aos quais acenou.
Ao longo da estrada a Lusa pode constatar dezenas de jovens que aguardavam pela caravana presidencial.
Alguns estavam vestidos com 't-shirts' com o rosto de José Mário Vaz e a frase "Jomav (abreviatura do nome do Presidente) o povo está contigo".
Chegado ao Palácio da Presidência, no centro de Bissau, o líder guineense apareceu nas varandas do edifício, ao lado dos seus conselheiros, tendo acenado aos manifestantes que têm clamado pelo não-dissolução do Governo.
O momento foi pontuado por vivas a 'Jomav' e palavras de incentivo à paz e ao diálogo entre os dirigentes do país.
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