Os membros do comité de política monetária decidiram, por sete votos a favor e dois contra, manter hoje pela sexta vez consecutiva as taxas em 5,25%, valor em vigor desde agosto de 2023.

O comité considerou que ainda não há certezas sobre a evolução do Índice de Preços no Consumidor (IPC) para baixar as taxas, mas não excluiu a possibilidade de começar a fazê-lo este verão.

A última vez que as taxas britânicas estiveram em 5,25% foi em fevereiro de 2008, após o que caíram no contexto da crise de crédito global, atingindo um mínimo histórico de 0,10% em março de 2020 devido à pandemia de covid-19.

O banco central do Reino Unido voltou a aumentar as taxas gradualmente a partir de dezembro de 2021 para combater a aceleração da inflação, que disparou na sequência da guerra na Ucrânia em fevereiro de 2022, atingindo um máximo de 40 anos de 11,1% em outubro daquele ano.

A última decisão do Banco de Inglaterra ocorre antes do anúncio de sexta-feira pela agência de estatísticas nacionais (Office for National Statistics, ONS) dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao primeiro trimestre de 2024, que deverá confirmar que o Reino Unido saiu da recessão.

A economia britânica entrou em recessão técnica ao encadear dois trimestres consecutivos de contração no final de 2023, com o PIB a recuar 0,1% entre julho e setembro e 0,3% entre outubro e dezembro.

O gabinete para a responsabilidade orçamental (Office for Budget Responsibility, OBR), que supervisiona as finanças públicas, previu, em 06 de março, que o PIB britânico aumentará 0,8% em 2024, contra 0,1% em 2023, e 1,9% em 2025.

O Banco de Inglaterra terá a sua próxima reunião em 20 de junho.

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