Em entrevista ao jornal Financial Times, a governante recordou que vários "países estão a treinar soldados ucranianos no terreno", por sua conta e risco, pelo que um eventual ataque russo que os afetasse não significaria que a NATO invocasse o seu artigo 5.º: o direito à defesa coletiva.

"Não posso imaginar que se alguém for lá ferido, aqueles que enviaram o seu pessoal digam: 'Vamos bombardear a Rússia'. Isso não aconteceria (...) os receios são infundados. Se enviarem os vossos homens para ajudar os ucranianos, sabem que há uma guerra em curso e que estão a ir para uma zona de risco", argumentou.

Kallas defendeu que qualquer iniciativa nesse sentido deve ser aprovada pelo Parlamento da Estónia, mas que ao ser um "debate público aberto", nada se deve excluir nesta fase.

"A propaganda russa tem como objetivo a guerra com a NATO, por isso não precisam de uma desculpa. Não interessa o que fazemos do nosso lado. Se eles quiserem atacar, atacarão", afirmou.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

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Lusa/fim