Controlada pela Ardian, casa de investimento privada que é líder mundial, a GreenYellow concretizou a compra da Grow Energy Management (GEM) e de dois portefólios fotovoltaicos, tornando-se assim na empresa líder em energia solar fotovoltaica e eficiência energética em Portugal e na Polónia, nos setores industrial e comercial, com um um portfólio multi-site de quase 120 MWp prontos a construir ou já em operação, incluindo um projeto de grande escala de 100 MWp na Polónia com a Biedronka (Grupo Jerónimo Martins). A operação foi comunicada nesta manhã pela empresa, que destaca a "visão partilhada da transição energética e o nosso compromisso em fornecer soluções sustentáveis ​​e competitivas aos clientes". Em conjunto com a GEM em Portugal, a GreenYellow planeia desenvolver mais de 100 MWp nos próximos três anos sob a liderança da equipa de gestão.

De acordo com o comunicado pela companhia, a operação inclui uma permuta de ações que unem GEM e GreenYellow Portugal numa única entidade (GreenYellow Portugal), com sede em Lisboa e coliderada por Miguel Almeida Henriques, Miguel Magalhães e Bernardo Matos, sob controlo da casa-mãe francesa GreenYellow. O braço português continuará a desenvolver "as ofertas emblemáticas do grupo: energia fotovoltaica descentralizada com especial incidência no autoconsumo solar e Energy-as-a-Service para acelerar a descarbonização das empresas". O objetivo é desenvolver mais de 100 MWp de projetos solares descentralizados nos próximos três anos, bem como, juntamente com a GreenYellow Polska, apoiar o desenvolvimento e a exploração de projetos existentes iniciativas futuras na Polónia, consolidando-se assim a posição como um dos principais intervenientes no autoconsumo solar na Europa, com a concretização de um investimento a rondar 150 milhões de euros nos próximos três anos, nos dois países.

A lógica da operação é explicada por alguns fatores decisivos, que justificam a opção de acelerar o desenvolvimento em Portugal e na Polónia. Desde logo, o facto de a GEM ser um líder estabelecido nestes territórios e a vontade de acelerar o desenvolvimento nesses mercados, dado o forte potencial, mas também pela experiência em energia fotovoltaica descentralizada, nomeadamente em autoconsumo e eficiência energética, que se na estratégia de desenvolvimento das ofertas de plataformas de descarbonização. Há ainda um encontro entre os valores fundamentais, incluindo a cultura corporativa centrada no cliente e a visão partilhada da transição energética, com o compromisso de fornecer soluções sustentáveis ​​e competitivas aos clientes.

No que respeita à nova organização, os fundadores da GROW Capital Partners, que eram acionistas da GEM, irão gerir a GreenYellow Portugal e esta entidade será parte integrante do ecossistema GreenYellow, que hoje detém 100% da GEM (empresa de desenvolvimento), da GROW UPAC e da GROW POLAND (projeto empresas). A empresa optou por concentrar esforços no desenvolvimento na Europa e no fortalecimento dos seus dois principais pilares de negócio: a energia fotovoltaica descentralizada, com ênfase no autoconsumo, e a Energia como Serviço para acelerar a descarbonização das empresas. E se o valor reinvestido na GreenYellow pelos vendedores não é revelado, o SAPO sabe que a GreenYellow planeia investir perto de 150 milhões de euros, ao longo de três anos, em Portugal e na Polónia, para acelerar a transição energética dos clientes nestas geografias.

Consolidar a posição como líder no autoconsumo solar na Europa é um objetivo assim assumido, no qual estes investimentos são alavancas estratégicas para apoiar o crescimento orgânico e estabelecer rapidamente uma presença em mercados-alvo. Em 2023, a companhia dedicou 400 milhões de euros a investimentos globais, metade dos quais destinados à expansão europeia, e neste ano pretende reforçar esse valor em 25%, para 500 milhões de euros de novos financiamentos.

A aquisição da GEM traz ainda uma mudança significativa na gestão da GreenYellow Portugal, ficando os três líderes do GEM, Miguel Almeida Henriques, Miguel Magalhães e Bernardo Matos, como cogestores da GreenYellow Portugal. A sua experiência deverá, acredita a empresa, impulsionar a expansão na Polónia. Este desenvolvimento é particularmente significativo no grande projeto de 100 MWp na Polónia com a Biedronka (Grupo Jerónimo Martins), colaboração que marca uma mudança significativa de escala para a GreenYellow neste país (e na Europa).

Quanto ao impacto que esta aquisição terá no mercado solar fotovoltaico em Portugal e na Polónia, não se adianta qual a quota de mercado a conquistar, mas a colaboração marca uma mudança significativa de escala para a GreenYellow neste país e na Europa, podendo a nova estrutura organizacional acelerar o crescimento nestas áreas de elevada procura.