O Presidente dos EUA, Joe Biden, desloca-se no domingo à Florida para verificar os danos causados pelo furacão Milton, que deixou um rasto de destruição, com pelo menos 16 mortos e milhares de pessoas sem-abrigo.
A Casa Branca anunciou num breve comunicado que o Presidente irá visitar as zonas afetadas pelo furacão na Florida, prometendo pormenores da viagem para breve.
Em declarações na Casa Branca após receber informações atualizadas sobre o impacto do furacão Milton, Biden afirmou que os cálculos de estragos causados apontam para 50 mil milhões de dólares (45,7 mil milhões de euros), valor que havia sido divulgado também nesta sexta-feira pela agência de notação financeira Fitch.
"Os especialistas estimam que apenas Milton causou danos de cerca de 50 mil milhões de dólares", declarou o Presidente dos EUA. O furacão atingiu a costa da Florida na noite de quarta-feira, em Siesta Key, perto da cidade de Sarasota, com ventos máximos sustentados de 205 quilómetros por hora, ou seja, categoria 3.
Pelo menos 16 pessoas morreram devido à passagem do Milton na Florida, segundo o mais recente balanço divulgado pelas autoridades policiais. Os danos foram generalizados e os níveis da água podem continuar a subir durante dias, mas o governador da Florida, Ron DeSantis, disse que não se registou "o pior cenário".
Pelo menos 340 pessoas e 49 animais de estimação foram resgatados em operações de busca e salvamento em curso, adiantou ainda DeSantis. As autoridades dos condados de Hillsborough, Pinellas, Sarasota e Lee, que foram duramente atingidos na Florida, instaram as pessoas a ficarem em casa, alertando para linhas de energia derrubadas, árvores nas estradas, pontes bloqueadas e inundações.
Grande parte do estado registou cortes de energia, com mais de 3,4 milhões de casas e empresas sem eletricidade, de acordo com o poweroutage.us, que monitoriza a rede elétrica nos EUA.
O Milton é o quinto furacão a atingir os Estados Unidos este ano e o terceiro a afetar a Florida. Na semana passada, o furacão Helene foi considerado o segundo furacão mais mortífero a atingir o território continental dos Estados Unidos nos últimos 50 anos, superado apenas pelo Katrina, que matou 1833 pessoas em 2005.