A Verkhovna Rada (parlamento ucraniano) aprovou por 299 votos a candidatura de Kostine, na presença de Zelensky, uma semana após a demissão de Iryna Venediktova, imposta pelo chefe de Estado ucraniano.
Deputado do partido presidencial Servo do Povo, Kostine, 49 anos e natural de Odessa, sul da Ucrânia, presidia até ao momento à comissão das leis.
No seu discurso perante o parlamento, Kostine fixou como objetivo fazer comparecer perante a justiça os soldados russos acusados de crimes de guerra na Ucrânia.
"Devemos terminar com o terror e o genocídio da nação ucraniana. Para isso contribuirá um registo e uma documentação apropriados dos crimes do agressor", sublinhou.
"Uma das tarefas prioritárias será punir cada criminoso de guerra russo", acrescentou, por sua vez, Volodymyr Zelensky na sua intervenção.
Já o conselheiro da Presidência, Mikhailo Podoliak, congratulou-se pela designação de "um homem com reputação irrepreensível" e apreciado pelos aliados ocidentais de Kiev.
O influente 'media' ucraniano Ukrainska Pravda não deixou de criticar Kostine pela ausência de progressos na reforma judicial e da qual era responsável no parlamento.
Diversos observadores citados pela agência noticiosa AFP detetam nesta nova designação para a procuradoria uma manobra destinada a reforçar o controlo do chefe de Estado ucraniano sobre as forças de segurança.
Num momento em que a Ucrânia, sob pressão dos aliados ocidentais, está em vias de designar um procurador anticorrupção independente, o novo procurador-geral terá a capacidade de "bloquear e anular" as decisões do novo responsável, advertiu na semana passada Vitaly Chabounine, diretor da organização não-governamental (ONG) ucraniana Centro de ação contra a corrupção.
PCR // SCA
Lusa/Fim