Depois de uma manifestação que reuniu 130 mil pessoas pelas ruas da cidade há três semanas para pedir a demissão do Conselho e também de Mazón, a concentração de hoje teve o mesmo objetivo e aconteceu um dia depois de se ter assinalado um mês das cheias na região que causaram 222 mortes e quatro desaparecidos.
Minutos antes do início da marcha, uma das porta-vozes das entidades organizadoras, Anna Oliver, lamentou que, após a manifestação de 09 de novembro, o presidente da Generalitat tenha feito uma "aparição vergonhosa" no parlamento regional, onde "não se desculpou nem deu nenhuma explicação razoável" pelo ocorrido e "só vendeu fumaça".
Um mês depois, as vilas e cidades "continuam destruídas" e o Governo valenciano está "moral e eticamente incapaz" de levar a cabo a reconstrução, segundo Oliver, que acrescentou: "São o governo da destruição, militarizado, que só está a dar dinheiro a empresas punidas e ligadas a casos de corrupção".
Outro das porta-vozes, Alexandra Usó, lamentou que, um mês após a tragédia, as cidades "continuem como se estivessem no terceiro mundo" e denunciou que "não estão a chegar as ajudas" apesar das pessoas "estarem a sofrer".
Por isso, pediu que se apurem as responsabilidades "do governo de Mazón e do senhor Mazón em concreto".
Esta concentração ocorre um dia depois de 30 municípios valencianos afetados pela intempérie terem saído às ruas na tarde que marcou um mês desde a tragédia para exigir também a demissão de Mazón pela sua "gestão desastrosa" durante a emergência.
Nestas mobilizações, os participantes fizeram soar nos seus telemóveis o mesmo alarme ES-Alert da Proteção Civil que soou às 20:11 do dia 29 de outubro à população, recomendando que se evitasse qualquer tipo de movimento na província de Valência.
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