Nile Ranger, jogador que atuou na equipa principal do Newcastle United entre 2009 e 2011, recordou um dos períodos mais atribulados da sua vida. O atual atleta do Kettering Town, do sexto escalão inglês, foi preso em 2017, em Pentonville, depois de se ter declarado culpado de fraude bancária.

«Era uma má prisão, cheia de coisas más, não é um lugar para se estar quando não se tem a cabeça no sítio certo. A minha estava, quando comparado com outras pessoas... Tinha sido apenas parvo e indisciplinado», referiu, numa primeira instância, ao portal The Sun.

O experiente avançado foi condenado a oito meses, mas esteve detido durante, apenas, dez semanas, por bom comportamento: «Ouvia pessoas a planear assassinatos e assaltos à mão armada quando saíssem. Havia prisioneiros esfaqueados nos chuveiros e drones a sobrevoar a prisão com droga e telemóveis. Era um inferno. Saíam baratas dos buracos das paredes, tínhamos de os tapar com toalhas. Se matássemos uma barata apareciam logo outras dos ovos que elas punham.»

«Também havia ratos. Era nojento. A comida era horrível, o frango que nos davam era meio cru. Estava 23 horas por dia fechado, na hora que podia sair tomava banho e fazia algum exercício. Alguns dos guardas eram arrogantes, tentavam diminuir-me. Tinham inveja porque eu era futebolista, mas na altura não me apercebia disso», acrescentou.

No entanto, o futebolista de 33 anos assegurou que os seus pensamentos intrusivos foram preponderantes para manter a tranquilidade: «Concentrei-me em sair e pensava 'vou estar aqui uns dois ou três meses e depois vou jogar futebol outra vez'. Na altura estava a jogar no Southend e eles pagavam-me os salários. Era nisso que pensava. Senti que a sentença não foi justa. Há gente que fez pior e ficou com pena suspensa.»