FC Porto e Benfica, os dois clubes portugueses que vão participar na primeira edição alargada do Mundial de Clubes, deverão encaixar uma receita mínima de 14,5 a 17,5 milhões de euros, valor que será pago a todos os 32 emblemas que estiverem na prova que decorre entre os dias 14 de junho e 13 de julho deste ano, no Estados Unidos.

O sistema de prize money será muito semelhante ao praticado na Liga dos Campeões, com prémios também por resultados e por passagem a cada fase. Apesar de as negociações ainda decorrerem, com a Associação Europeia de Clubes (ECA) a assumir a representação de praticamente todos emblemas europeus, espera-se que cada ronda ultrapassada (oitavos, quartos, meias e final) represente um acréscimo entre 4,8 e 5,8 milhões de euros.

O grande ponto de discórdia nesta altura é o prémio para o vencedor: a FIFA pretende atribuir uma verba histórica, enquanto os clubes europeus preferem que esse acréscimo seja distribuído de forma mais equitativa por todos.

Com a primeira fase do Mundial de Clubes a decorrer ainda antes de 30 de junho - portanto nesta época desportiva e no atual exercício contabilístico - o Benfica considera que se trata de uma verba extraordinária, até porque apenas haverá um Mundial de Clubes a cada quatro anos. Por isso, os responsáveis dos encarnados poderão utilizar essa receita para reduzir dívida líquia da SAD.

Em cima da mesa, há ainda a perspetiva de recorrer à janela de transferências extraordinária criada em junho, precisamente antes do início do Mundial. A SAD encarnada não tem nenhuma verba específica pensada para esse efeito, mas admite um ajuste de plantel caso a equipa técnica sinta essa necessidade.