O Boavista regressa à competição diante do Nacional, na Choupana, este sábado pelas 18h00. O técnico dos axadrezados, Cristiano Bacci, realçou que o seu plantel quer responder ao desaire anterior com o Rio Ave, um jogo "na cabeça de todos".

"Acabou com uma derrota, mas todos sabemos que tentámos ganhar o jogo. Há uma crença que, depois de um jogo bonito, temos que responder e focar-nos no próximo. Tivemos uma paragem longa que nos permitiu pensar no encontro anterior durante algum tempo, o que ainda reforçou a nossa vontade de ganhar este, porque queremos ganhar todos os jogos", vincou o treinador italiano, salientando que, "tal como todos os treinadores", acredita que estas paragens competitivas "não são boas": "Pessoalmente gosto da rotina para trabalhar e jogar. Mas claro que trabalhámos os pormenores e o aspeto tático e físico. Fizemos um jogo-treino, em que demos minutos aos jogadores menos utilizados, para continuarem frescos e prontos caso venham a ser chamados."

O Nacional está na zona de despromoção. Que dificuldades espera deles?
"Vai ser difícil, mas vale três pontos importantes para as duas equipas. Vamos confiantes para o jogo com o Nacional."

Dos nove pontos que o Boavista tem, oito foram conquistados fora de casa.
"É verdade, mas de acordo com os dados, quisemos ganhar todos os jogos em casa. No último jogo rematámos 24 vezes, tivemos muitas ocasiões para fazer golo, preparámos os jogos todos da mesma forma. Não há nenhuma diferença na preparação do jogo."

Tem duas vitórias no campeonato, é este o desafio mais difícil da sua carreira?
"Posso dizer que a carreira só começou agora, posso dizer que sim. Na 1ª Liga, é a primeira vez que estou aqui como treinador principal. Dificuldades? Como já disse muitas vezes, estou preparado porque sabia o que ia encontrar. Temos que ficar acima da linha de água até ao final."

Vão sentir falta do Seba Pérez, castigado, uma voz forte no balneário e no campo?
"O Seba Pérez é o Boavista, um jogador para o qual não há palavras para o descrever e um dos mais importantes. É uma referência para todos nós, dentro e fora de campo. Mas já demonstrámos, no passado, que é possível ganhar sem ele, porque começou o jogo com o Casa Pia (0-1) no banco."

O Augusto Dabó estreou-se pela seleção nacional da Guiné-Bissau. Foi fruto do trabalho que está a ser feito dentro de portas aqui no Boavista e da qualidade dos jogadores? 
"Se o Dabó se estreou é porque mereceu, pelo trabalho que realiza no dia a dia para evoluir conosco. Mas não foi só ele, o Boavista como um todo também evoluiu e estamos todos felizes por isso. Estamos felizes por ele se ter estreado também."