Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024. Exatos 20 anos da histórica conquista do FC Porto em Yokohama. Depois de um nulo e 18 grandes penalidades, Pedro Emanuel - que esteve à conversa com o zerozero sobre o feito - converteu a última para o museu dos dragões receber um dos troféus mais emblemáticos da sua história: a Taça Intercontinental.
20 anos volvidos, e bem longe da Terra do Sol Nascente, o ambiente gélido fez sentir-se a todo o custo. Mas nem tanto no relvado. Afinal, o FC Porto venceu o Midtjylland por 2-0 e seguiu para o terceiro jogo consecutivo sem perder - ainda que tenha somado dois empates, diante de FC Famalicão e Anderlecht. A amostra da leve chama de glórias passadas.
Ritmo? A marcar passo
A grande surpresa no onze inicial de Vítor Bruno ficou marcada pelo regresso de Galeno à posição de lateral esquerdo e consequente não-utilização de Francisco Moura, que ficou no banco de suplentes. No caso dos dinamarqueses, a ausência do habitual trio de ataque por lesão voltou a fazer-se notar.
Porque a verdade é mesmo essa: o ritmo da partida mostrou-se branda e num ligeiro «marcar de passo» do FC Porto. O Midtjylland não mostrou grandes argumentos e Diogo Costa em pouco ou nada foi incomodado na sua área.
A par disso, os azuis e brancos - mesmo num ritmo mais calmo e que se manteve durante todo o encontro - tentaram procurar espaço e criar estragos.
À meia hora de jogo, concretizaram as intenções. Numa incursão ofensiva ligeiramente mais rápida, Stephen Eustaquio cruzou para o coração da área e Danny Namaso não hesitou em concretizar - mesmo com um ligeiro desvio de Mads Sorensen. Estava acesa a chama num Dragão que precisava de ser aquecido - de forma literal, dado o frio sentido, mas também em jeito de analogia, devido aos últimos resultados do emblema portista.
Domínio perene
Aconteceu na primeira parte, mas desenrolou na segunda. O domínio do FC Porto com bola foi claro e óbvio no relvado do Estádio do Dragão. Elías Ólafsson teve algumas situações de sobressalto enquanto esteve em campo - dado ter sido substituído após um duelo dentro de área, onde acabou por ficar com a mão visivelmente inchada. Ainda antes da saída, foi novamente vítima da chama azul e branca.
Samu marcou pelo terceiro jogo consecutivo e chegou aos 15 golos com a camisola dos dragões na temporada. Servido por Pepê - depois de um ilustre passe de Fábio Vieira, aproveitou o embalo e voltou a concretizar, dando ainda mais alento à vitória do FC Porto.
Daí em diante, as grandes oportunidades começaram a escassear, ainda que a toada ofensiva dos comandados de Vítor Bruno se mantivesse. No entanto, contra tudo o que se mostrava em campo, o Midjtylland ainda surpreendeu e conseguiu chegar ao golo, mas balde de água fria para os dinamarqueses, pois acabou invalidado por fora de jogo.
Iván Jaime, Vasco Sousa e Rodrigo Mora voltaram a subir ao relvado do Dragão, acompanhados de aplausos da massa adepta presente, mas, até final, a história não se alterou e o FC Porto somou mais três pontos na luta pela próxima fase da Liga Europa.