Desde Munique, nada foi igual. O Benfica soma quatro vitórias em quatro encontros disputados. Em Arouca, aumentou esta marca, ao levar a melhor por 0-2. Uma fonte de confiança para a turma de Bruno Lage, principalmente depois do deslize do Sporting diante do Santa Clara.

Falamos de fonte porque podíamos falar de Fontán. Afinal, foi o central dos comandados por Vasco Seabra - que não esteve no banco de suplentes, após expulsão frente ao Farense - que desbloqueou o jogo, com um auto-golo.

No onze inicial do FC Arouca, foram promovidas quatro alterações em relação ao último duelo na Taça de Portugal, enquanto a base do Benfica permaneceu a mesma que atuou no Mónaco.

Cuidado com quem vem atrás

Desde o princípio que a turma de Bruno Lage soube qual seria a melhor forma de desbloquear o encontro e seria mesmo atuar pelas alas e na profundidade. O FC Arouca mostrou-se bem montado para travar qualquer investida interior com um meio-campo de estratégia alinhada.

E assim se desenrolou a primeira parte. As águias perceberam como tinham de atuar, mas os arouquenses demonstraram um grande problema na tarefa defensiva: guardar as costas dos defesas centrais.

A personificação desse problema foi José Fontán no auto-golo que concedeu, ainda nos primeiros 45 minutos. Após um cruzamento vindo da esquerda, em que não existia qualquer jogador do Benfica a entrar nas costas do espanhol - dado que Pavlidis não ocupava essa posição e estava mais à frente -, foi Fontán quem optou por cortar e desviar a bola para a baliza por não ter essa perceção se tinha ou não alguém a entrar nas suas costas.

Apesar dessa falha praticamente fatal, há que ressalvar que o FC Arouca não se resignou. Atacou como pôde e quando pôde, sendo que terminou a primeira parte com mais remate do que o Benfica.

Sempre com olhos postos na frente

O Benfica sabia o que estava em jogo. Depois do desaire do Sporting e ainda antes do duelo entre FC Porto e Casa Pia, desta segunda-feira, as águias tinham a ideia de que cair em Arouca poderia culminar em dois passos atrás na luta.

Mas, mesmo com o aproximar do final do encontro, a toada ofensiva permaneceu. Álvaro Carreras e Jan-Niklas Beste tiveram grandes oportunidades de dilatar a vantagem, mas esse aumento apareceu através de uma grande penalidade convertida por Ángel Di María, após uma falta de Nico Mantl dentro de área.

Os minutos foram passando e, mesmo com incursões parte a parte, nenhuma das balizas foi incomodada. Permanece a toada benfiquista, mas também segue algum desalento arouquense.