A participação de Portugal na organização do Mundial'2030, juntamente com Espanha e Marrocos, vai ter um impacto superior a 800 milhões de euros (ME) no PIB, segundo um estudo esta quarta-feira divulgado pela consultora PwC.
"A organização do Mundial de Futebol 2030 terá um impacto de mais de 800 milhões de euros no PIB e estará associada a 20.000 empregos em Portugal", estimou a PwC no relatório do impacto económico e social do Mundial'2030.
Portugal, Espanha e Marrocos vão organizar o Mundial'2030, oficializou hoje a FIFA, depois de ter votado a candidatura única durante o seu congresso extraordinário, realizado em Zurique.
"É estimado que o Mundial de Futebol 2030 promova a entrada de 300 a 500 mil visitantes em Portugal, que gastarão entre 500 e 660 milhões de euros em comércio, produtos e serviços locais", realçou a PwC, acrescentando que "os benefícios intangíveis, como o bem-estar e a utilidade percecionada pelos cidadãos, superarão 8,5 vezes o investimento realizado na organização do evento".
Portugal estreia-se na organização de Mundiais, após já ter recebido o Europeu de 2004, enquanto a Espanha organizou o Euro'1964 e o Mundial'1982, e Marrocos acolheu unicamente a Taça das Nações Africanas (CAN), em 1988, condição que irá repetir em 2025.
"Para além do impacto económico e social imediato, o Mundial deixará um legado duradouro na marca Portugal, no turismo, na qualidade de emprego, na coesão social, na saúde das pessoas e nas relações internacionais do país", rematou a consultora.
Os três estádios portugueses que vão acolher jogos do Mundial'2030 serão o Estádio da Luz, o Estádio José Alvalade, ambos em Lisboa, e o Estádio do Dragão, no Porto.
Em 2030, o Campeonato do Mundo vai ser disputado, pela primeira vez, em três continentes, sendo que, além de Europa e África, também passará pela América do Sul, nomeadamente por Argentina, Paraguai e Uruguai, que irão acolher três partidas da fase final, como forma de celebrar o centenário da competição, cuja primeira edição decorreu no Uruguai, em 1930.