Portugal viu confirmado como um dos países a sedear o Mundial 2030. Fernando Gomes esteve na Cidade do Futebol e analisou a decisão.

O Mundial 2030 será sedeado por Portugal, Espanha e Marrocos, tendo ainda jogos na América do Sul (Argentina, Paraguai e Uruguai). Fernando Gomes esteve na Cidade do Futebol e reagiu à oficialização.

«É uma decisão que era expectável tendo em conta o processo de candidatura. A partir do momento que a FIFA tomou esta decisão, há dois anos, tudo o que tínhamos de fazer era mostrar capacidade de organizar, respeitar o dossier de candidatura e mostrar a capacidade organizativa. Tivemos uma avaliação de 4,2 em 5, a mais alta nos campeonatos do mundo. Portugal pela primeira vez vai organizar o Mundial, que nunca tínhamos realizado. Estou convencido de que vai marcar o futuro das organizações, à semelhança do Euro 2024. Desenvolvemos uma organização fantástica de forma a atingir este patamar de excelência».

Fernando Gomes falou também do percurso que levou a esta candidatura:

«Foi um longo percurso que se iniciou em Sochi em 2018 aquando do Portugal x Espanha em conversa com Luis Rubiales. Poderia fazer sentido fazer um trabalho a pensar em 2030. Foi um longo percurso dentro do que foram as decisões tomadas nestes anos. Passavam por conquistar títulos e por outros estádios e parâmetros, como alargar a base, desenvolver infraestruturas… todo esse plano foi consolidado no plano estratégico que desenvolvemos em 2022. Isto que hoje recebemos como manifestação do que foi o dossier de candidatura é um meio para nós enquanto comunidade de futebol. Esta atribuição servirá como alavanca para esse desenvolvimento».

O presidente da FPF falou também do impacto económico que a organização pode ter em Portugal:

«Vamos divulgar brevemente o impacto que este torneio pode ter ao nível do crescimento da atividade económica. Vai ser brevemente divulgado esse estudo que está a ser concluído sobre o impacto nos três países. A oportunidade que tivemos de organizar o Euro 2004 alavancou a construção das academias e hoje sabemos da importância no aparecimento do talento. 2030 vai permitir ainda alavancar mais o futebol português que tem essa necessidade para crescer mais e desenvolver o país. Os clubes portugueses são formadores. Só uma nota final para deixar uma palavra de agradecimento aos envolvidos na candidatura».