Foi esta quarta-feira anunciado que a candidatura apresentada em outubro do ano passado foi aprovada pela FIFA. Portugal, Espanha e Marrocos vão organizar o Mundial de 2030. Em São Bento, o primeiro-ministro saudou o trabalho feito pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ao longo de todo o processo.

“Este reconhecimento é tanto mais significativo quanto nós sabemos que as vicissitudes da própria caminhada da candidatura fizeram com que em vários momentos da FPF tivesse de assumir a liderança do processo, não menosprezando e muito menos desrespeitando os nossos parceiros nesta organização, mas porque em razões variadas em algumas circunstâncias não estavam totalmente habilitados a poder fazê-lo e foi a FPF que manteve sempre esta chama viva e pôde levar a bom porto esta candidatura”, disse Luís Montenegro.

Depois de ter recebido o Euro 2004, Portugal vai estrear-se na organização de Mundiais. Vão ser três os estádios nacionais que vão recolher os jogos da competição: em Lisboa o Estádio da Luz e o Estádio José Alvalade e no Porto o Estádio do Dragão.

Com pouca experiência, também Marrocos organizou unicamente a Taça das Nações Africanas em 1988. Com mais experiência, está Espanha que já organizou vários grandes torneios já que, no passado, acolheu o Euro1964 e o Mundial1982.

“É um mundial que junta países com culturas diferentes, até com tradições desportivas diferentes, com uma multiculturalidade que é assinalável do ponto de vista socioeconómico, mas até do ponto de vista religioso ou desportivo. É, portanto, um mundial de inclusão e de encontro, um mundial que está a altura dos pergaminhos de Portuga”,

Em seguida, Fernando Gomes também falou aos jornalistas. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol disse que Portugal dificilmente conseguiria organizar este mundial sozinho e garante que o investimento na competição é quase residual.

"Foi um trabalho conjunto e extremamente valioso e com uma colaboração muito próxima entre os três países para chegar a este desidrato digamos assim, mas com certeza nós não teríamos grandes hipóteses de organizar um campeonato do mundo unicamente de Portugal. O investimento praticamente é residual na medida que os três estádios que vão ser utilizados já estão hoje construídos, só precisam naturalmente de pequenas melhorias", explicou Fernando Gomes aos jornalistas.