Com a atribuição da FIFA do Mundial 2034 de futebol à Arábia Saudita, chegam também algumas polémicas em torno da escolha. Cerca de 21 organizações não-governamentais e associações que representam adeptos juntaram-se para denunciar o respeito que não existe perante os direitos humanos no país.

«Hoje não faltam provas: trabalhadores migrantes explorados e vítimas de racismo, ativistas condenados a décadas de prisão por se expressarem pacificamente, mulheres e pessoas LGBTQIA+ que enfrentam discriminação legalizada, ou até residentes expulsos à força para dar lugar a projetos estatais», pode ler-se em comunicado divulgado pelas ONGs.

Algumas entidades, como a Amnistia Internacional, a Human Rights Watch, a Confederação Sindical Internacional, a Sport and Rights Alliance e a Football Supporters Europe deixaram alguns avisos à FIFA: «Sem ações urgentes e reformas abrangentes, o Mundial 2034 será manchado pela repressão, discriminação e exploração em grande escala.»

Recorde-se que a Amnistia Internacional apelou, no passado dia 11 de novembro, que a FIFA deveria suspender o processo de candidatura ao Mundial 2034 e exigiu uma estratégia relativamente aos direitos humanos para o Mundial 2030 - que vai ser organizado por Portugal, Espanha e Marrocos.