Se há certezas que Rui Borges tem para a receção ao Gil Vicente, a ausência de Tiago Silva é uma delas.

O criativo vai cumprir o segundo de dois jogos de suspensão em virtude do cartão vermelho que viu no último encontro da Liga, no terreno do Santa Clara (0-1) – ficou de fora do duelo diante do UD Leiria (2-0), para a Taça de Portugal, e pôde, naturalmente, dar o seu contributo à equipa no recente empate com o Astana (1-1), para a Liga Conferência, uma vez que os castigos internos não se aplicam nas competições europeias -, sendo, por isso uma baixa de vulto para o dérbi minhoto frente aos gilistas.

No entanto, e pese embora a preponderância que Tiago Silva tem no xadrez vimaranense (na época em curso leva 21 jogos, três golos e sete assistências!), a verdade é que Rui Borges tem soluções altamente credíveis para a substituição ao maestro.

Olhando aos elementos com caraterísticas semelhantes e que podem tomar conta da batuta vitoriana no embate com o emblema de Barcelos, saltam desde logo à vista os nomes de Samu, João Mendes e Nuno Santos. Todos eles pisam aquelas zonas do terreno e os três têm qualidade individual (nomeadamente a precisão de passe, seja a curta ou a longa distância) mais do que suficiente para a rendição ao camisola 10.

Tomás Handel, que foi suplente utilizado na deslocação ao Cazaquistão, deverá regressar à titularidade, sendo que Manu Silva, que se apresentou a um nível bastante elevado diante do Astana, também tem legítimas aspirações em (continuar a) constar das opções iniciais. Faltará, pois, um jogador para completar o trio do meio-campo, sendo que essa é a tal equação que Samu, João Mendes ou Nuno Santos podem resolver. Tudo isto sem esquecer Zé Carlos e Marco Cruz, também eles à espreita das suas oportunidades…

E além do setor intermediário, também o quarteto defensivo e o tridente de ataque podem sofrer algumas alterações no jogo com o Gil Vicente. Óscar Rivas (no eixo) e João M. Mendes (à esquerda) vislumbram o regresso à retaguarda e Chucho Ramírez, na frente, tem legítimas aspirações a poder render Nélson Oliveira. Até porque o ponta de lança venezuelano está motivado com o golo apontado em solo cazaque e que surgiu de uma assistência perfeita de Telmo Arcanjo, também ele de olho no onze.