Diogo Carmona foi atropelado por um comboio em outubro de 2019, na estação de São Pedro do Estoril, que levou à amputação do seu pé esquerdo. Considerado um caso de superação, o ator impressionou nos Jogos Olímpicos de Paris, em agosto, ao participar numa demonstração de skate adaptado.

O atleta participou no podcast de Sérgio Tavares, juntamente com piloto automóvel Pedro Couceiro, e recordou o acidente. "Eu estava a atravessar a linha de comboio, algo que eu digo a qualquer pessoa para não o fazer, e curiosamente um amigo meu perdeu a vida, dois anos antes, no mesmo sítio. Exatamente no mesmo sítio. Ele estava a atravessar a linha, estava com fones e não ouviu o comboio. Eu tive um bocado mais de sorte e perdi só a minha perna, mas foi bastante traumático", contou.

"Aquilo é numa curva, eu estava a atravessar a linha do comboio e não vi o comboio. Foi muito rápido, foi muito doloroso. A dor que eu senti é inexplicável e depois eu não ter morrido naquele momento foi uma sorte. O comboio veio do meu lado direito, eu perdi a minha perna esquerda. Não faz sentido. Eu acredito que foi quase um milagre aquilo que aconteceu", disse, acrescentando que "não gosta de se lembrar desse momento".


Diogo Carmona: “Se calhar sinto-me esquecido. Acho que toda a gente merece segundas oportunidades”


Diogo Carmona explicou que passou a "acreditar em Deus" depois do que lhe aconteceu. "Perdi imenso sangue nas duas horas seguintes, a ambulância demorou imenso tempo a chegar. Se eu não morri nessa situação do comboio, a quantidade de sangue que eu perdi também era um motivo para não estar cá", esclareceu.

"Fui muito bem tratado no hospital, tive muito apoio psicológico, muito apoio da parte do médico que me fez a operação e estou bem, quase não tenho dores fantasma", contou, referindo que tem conhecido outros atletas que "vivem constantemente com dores, sentir um membro que não está lá", o que não é, "felizmente", o seu caso.