Agentes das polícias de Ordem Pública (POP), da Guarda Nacional (GN) e da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) foram espalhadas um pouco por todas as artérias e cruzamentos dos bairros de Bissau "com ordens expressas do Governo", segundo fonte policial contactada pela Lusa, para impedir que se saia de casa sem máscaras.

Os transportes públicos, táxis e 'toca-tocas' (veículos de ligação interurbana informais) são mandados parar em plena via pública para que os agentes, afixados nas bermas das estradas, conferirem se todos os ocupantes do veículo possuem máscaras.

Quem for apanhado sem máscara é imediatamente obrigado a descer do carro para regressar à procedência ou tentar adquirir aquela peça no estabelecimento comercial próximo.

Ao contrário da atuação que a polícia teve nos primeiros meses da pandemia, em que houve várias queixas de violência por parte das autoridades, desta vez os agentes não estão a deter ou a agredir pessoas sem máscaras, mas a falar com elas de forma pedagógica sobre a importância da proteção contra a infeção.

O Governo guineense teme que o país possa estar a conhecer uma nova vaga de casos de infeções pela covid-19 e na quinta-feira decidiu encerrar as escolas em Bissau por um período de 30 dias e anular as festividades do Carnaval, maior manifestação cultural do país, que deveriam ter lugar em fevereiro.

Na semana entre 11 e 17 de janeiro, o Alto Comissariado para o combate à covid-19 referiu que foram registados 31 novos casos de infeção o que perfaz um total acumulado de 2.517 casos desde que foram detetadas as primeiras infeções no país, em março de 2020.

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