Segundo a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap, as equipas de emergências conseguiram resgatar dois sobreviventes, um tripulante e um passageiro, do avião que tinha 181 pessoas a bordo.

O número oficial de mortos é de 85, enquanto os bombeiros continuam a trabalhar na zona e a verificar o estado das vítimas, embora já tenham notado que a maioria estaria "presumivelmente morta" e que o número oficial deverá aumentar drasticamente nas próximas horas.

O anterior balanço inicial daquele que é já um dos piores desastres aéreos na história da Coreia do Sul apontava para pelo menos 62 mortos.

O avião, com 175 passageiros e seis membros da tripulação a bordo, despenhou-se por volta das 09:07 (00:07 em Lisboa) ao aterrar no aeroporto da cidade de Muan, no sul da Coreia do Sul, a cerca de 290 quilómetros da capital, Seul.

De acordo com a polícia e bombeiros, o avião, um Boeing 737-8AS vindo da capital da Tailândia, Banguecoque, colidiu com uma vedação de betão e incendiou-se.

As autoridades aeroportuárias disseram que o avião estava a tentar uma aterragem forçada, após uma primeira tentativa de aterragem ter falhado, devido a uma avaria do trem de aterragem, possivelmente causada pela colisão com um pássaro.

No entanto, o avião não terá conseguido reduzir a velocidade até chegar ao fim da pista, o que provocou a colisão com a vedação e o incêndio.

O chefe do corpo de bombeiros de Muan disse que a queda se deveu provavelmente a uma colisão com aves, combinada com condições meteorológicas adversas.

"No entanto, a causa exata será anunciada após uma investigação conjunta", disse Lee Jeong-hyun, numa conferência de imprensa.

O presidente em exercício do país, Choi Sang-mok, ordenou que fossem feitos todos os esforços possíveis nas operações de resgate após o acidente e a polícia também mobilizou unidades para a área.

Todos os voos domésticos e internacionais de e para o aeroporto internacional de Muan foram cancelados após o acidente.

As autoridades confirmaram que viajavam no avião dois passageiros tailandeses, sendo os restantes sul-coreanos.

A primeira-ministra da Tailândia expressou profundas condolências às famílias das pessoas afetadas pelo acidente através de uma publicação na rede social X.

Paetongtarn Shinawatra disse ter ordenado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que prestasse assistência imediata aos tailandeses envolvidos no acidente.

Este é já um dos desastres mais mortíferos da história da aviação da Coreia do Sul.

A última vez que o país sofreu um desastre aéreo de grande escala foi em 1997, quando um avião da companhia aérea sul-coreana Korean Airline se despenhou no território norte-americano de Guam, matando as 228 pessoas a bordo.

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