"Incidentes de destruição, incluindo danos em lojas, condutas principais, painéis elétricos, muros de vedação e materiais de escritório, geraram prejuízos financeiros significativos, totalizando aproximadamente 200 milhões de meticais (cerca de três milhões de euros), até à primeira quinzena de janeiro de 2025", lê-se num comunicado de imprensa da Águas da Região Metropolitana (AdRMM).

Na nota, enviada hoje à comunicação social, a empresa apela à preservação das suas infraestruturas para poder assegurar a distribuição da água na região metropolitana de Maputo e refere os impactos "graves que a recente crise pós-eleitoral causou às infraestruturas públicas de abastecimento de água".

"A destruição compromete diretamente a qualidade e a continuidade do abastecimento de água potável, expondo as comunidades ao risco de doenças e atrasando investimentos em projetos de expansão e reabilitação da rede", lê-se no comunicado.

Face aos danos nas destruições, a empresa alertou ainda para atrasos na melhoria e expansão da rede para fornecer a água a mais residentes da área metropolitana de Maputo.

"A vandalização de bens públicos afeta não apenas o funcionamento das infraestruturas, mas também a saúde pública e o desenvolvimento social. Cada ato de preservação é um passo essencial para garantir água potável de qualidade para todos e o progresso das comunidades", refere-se no comunicado de imprensa da AdRMM.

As manifestações pós-eleitorais em Moçambique, convocadas por Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados eleitorais, provocaram desde 21 de outubro 314 mortos e mais de 600 baleados, segundo organizações no terreno, como a plataforma eleitoral Decide, além de confrontos violentos com a polícia, saques e destruição de equipamentos públicos e privados.

Daniel Chapo, candidato presidencial apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), foi declarado vencedor das eleições e tomou posse como quinto Presidente da República em 15 de janeiro.

 

PYME // ANP

Lusa/Fim