![Arábia Saudita acusa Israel de tentar encobrir crimes em Gaza](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita elogiou, em comunicado, "a denúncia, a condenação e a rejeição categórica" por diversos países das declarações de Netanyahu sobre a deslocação do povo palestiniano.
"O reino sublinha a sua rejeição categórica de tais declarações que visam desviar a atenção dos crimes sistemáticos cometidos pela ocupação [Israel] contra os irmãos palestinianos em Gaza, incluindo o genocídio a que estão expostos", disse o ministério.
A Arábia Saudita acusou o que descreveu de "mentalidade extremista" de destruir a Faixa de Gaza, segundo o comunicado citado pela agência espanhola EFE.
Riade acusou Israel de ter matado ou ferido em 15 meses de guerra em Gaza "mais de 160.000 pessoas, na sua maioria crianças e mulheres, a sangue frio e sem qualquer responsabilidade moral ou humana".
A declaração saudita alude ao que, segundo os meios de comunicação árabes, têm sido declarações de "funcionários israelitas" propondo a deslocação dos habitantes de Gaza para a Arábia Saudita, bem como a uma declaração recente de Netanyahu nesse sentido.
"Os palestinianos são os donos da sua terra, não são estrangeiros nem imigrantes, pelo que a ocupação [Israel] não tem o direito de os expulsar", afirmou o ministério saudita.
A Arábia Saudita e a Liga Árabe, composta por 22 Estados, rejeitaram categoricamente uma proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, para a deslocação forçada dos habitantes de Gaza para o Egito e a Jordânia.
Trump propôs que, após a saída dos palestinianos, os Estados Unidos tomariam conta da Faixa de Gaza e fariam do território virado para o Mar Mediterrâneo a "Riviera do Médio Oriente".
As declarações israelitas foram igualmente rejeitadas pelo Egito e pela Jordânia, cujos ministérios dos Negócios Estrangeiros as qualificaram de agressivas e "uma violação flagrante do direito internacional e da Carta das Nações Unidas".
A Organização de Cooperação Islâmica (OCI), com 57 membros, classificou em comunicado a proposta de deslocação dos habitantes de Gaza como "limpeza étnica" e considerou as declarações israelitas "uma violação da soberania e da segurança nacional da Arábia Saudita".
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