O assessor político do líder supremo do Irão, Ali Shamkhani, afirmou este sábado que foram feitos preparativos para um "castigo severo" a Israel, em retaliação pelo assassinato do chefe do partido político do movimento islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh.
"Foram levados a cabo os preparativos para um castigo severo a um regime [Israel] que não entende mais do que a linguagem da força", afirmou Ali Shamkhani numa mensagem publicada na rede social X.
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, prometeu em 31 de julho que o seu país vingaria o assassinato de Ismail Haniyeh, vítima de um ataque de projéteis de curto alcance contra a sua residência, em Teerão, onde se encontrava em visita oficial.
Ali Shamkhani disse que o único objetivo de Israel com o assassinato de Ismail Haniyeh e o massacre às pessoas na escola Al Tabaín, na cidade de Gaza, é o de fomentar a guerra e inviabilizar as tentativas de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Na madrugada de hoje, Israel bombardeou a escola Al Tabaín que servia de refúgio aos deslocados de guerra, o que provocou a morte a mais de 100 pessoas.
"O exército de ocupação [Israel] bombardeou diretamente os deslocados enquanto rezavam a oração ao amanhecer", afirmou o Hamas através de um comunicado.
O exército de Israel reconheceu o ataque e assegurou que se tratou de uma operação "com precisão" dirigida pelos seus serviços de inteligência contra "terroristas do Hamas que operavam dentro de um centro de comando e controlo integrado na escola".
A Faixa de Gaza está debaixo de bombardeamentos israelitas desde 07 de agosto, depois de um ataque do Hamas contra Israel que deixou cerca de 1.200 mortos e 251 pessoas raptadas.
Desde então, os ataques israelitas causaram a morte a mais de 39.600 pessoas, a maioria são crianças e mulheres, segundo fontes da Saúde sob o controlo do Hamas.
A estes números, somam-se 10.000 desaparecidos sob os escombros e 1,9 milhões de deslocados.
O Irão, que lidera a aliança informal anti-Israel do "Eixo da Resistência", composta pelo Hamas, por o Hezbollah do Líbano e pelos Houthis do Iémen, entre outros, considera os bombardeamentos israelitas contra a população civil em Gaza um "genocídio".