Segundo o Hamas, um ataque de Israel a um campo de refugiados no norte do Líbano matou Saeed Atallah Ali e a sua família.

O ataque desta madrugada ocorreu um dia depois de um outro ataque aéreo israelita ter cortado uma estrada principal que liga o Líbano à Síria, deixando duas enormes crateras de cada lado da estrada.

Entretanto, as Forças de Defesa de Israel (IDF) e a Autoridade de Segurança de Israel (ISA) emitiram um comunicado conjunto, no qual anunciam ter "eliminado dois terroristas de topo da ala militar do Hamas no Líbano".

"No início do dia de hoje, numa operação conjunta das IDF e da ISA, a IAF (Força Aérea Israelita) atingiu e eliminou o terrorista Muhammad Hussein Ali al-Mahmoud, que era a autoridade executiva do Hamas no Líbano e dirigia as atividades terroristas na Judeia e na Samaria", designação israelita para Cisjordânia, indica o comunicado.

Segundo os militares israelitas, nos últimos anos Muhammad promoveu atividades terroristas contra israelitas e foi responsável pelo "entrincheiramento" do Hamas no Líbano, utilizando-o para fornecer armas para ataques com 'rockets' contra Israel e "para tentar fabricar armamento avançado".

"Numa outra operação das IDF e da ISA, realizada durante a noite de sábado na zona de Tripoli, no Líbano, foi eliminado o terrorista Said Alaa Naif Ali, membro sénior da Ala Militar do Hamas no Líbano", acrescenta a nota.

Israel iniciou na terça-feira uma incursão terrestre no Líbano contra o grupo militante Hezbollah. O exército israelita declarou que nove soldados morreram em combates no sul do Líbano.

Israel e o Hezbollah têm trocado tiros através da fronteira com o Líbano quase diariamente desde o dia seguinte ao ataque transfronteiriço do Hamas, em 07 de outubro de 2023, que matou 1.200 israelitas e fez 250 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao grupo militante Hamas e desde então já matou mais de 41.000 civis palestinianos, mais de metade dos quais eram mulheres e crianças, bem como cerca de 2.000 pessoas no Líbano, a maioria desde 23 de setembro, de acordo com as autoridades locais.

AL // PDF

Lusa/Fim