Pelo menos 16 pessoas morreram em novos ataques israelitas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. Os ataques aconteceram apenas alguns minutos depois de Israel ter ordenado a evacuação das zonas orientais da cidade.

O exército israelita diz estar a preparar novas atividades militares e o disparo de mísseis numa área que havia sido designada como zona humanitária.

"[As forças israelitas] estão prestes a atuar em força contra organizações terroristas e, por isso, apelam à população que permanece nos bairros orientais de Khan Yunis para que saiam temporariamente da zona humanitária adaptada em Al Mawasi", informou o Exército em comunicado.

As forças de defesa garantem estar a ajustar as fronteiras dessa zona para manter os civis longe das áreas de combate.

No passado, registaram-se ataques israelitas a zonas civis e às chamadas zonas humanitárias.

Em 13 de julho, Israel atacou a zona humanitária de Al Mawasi com o objetivo de matar Mohamed Deif, comandante das Brigadas al-Qasam, braço armado do Hamas.

A morte do líder não foi confirmada, mas o ataque tirou a vida a 90 habitantes de Gaza e feriu outros 300. Rafaa Salameh, braço direito de Deif, morreu nesse ataque.

Por outro lado, esta nova ordem de evacuação vem restringir ainda mais o já escasso terreno da zona humanitária de Al Mawasi, onde se encontram cerca de 1,4 milhões de deslocados, a maioria proveniente de Rafah, cidade adjacente ao Egito considerada segura até à incursão do exército, no início de maio.

A guerra entre Israel e o Hamas teve início em 07 de outubro, na sequência de um ataque do grupo islamita em território israelita que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Desde então, os ataques de Israel em Gaza já fizeram cerca de 39 mil mortos, 90 mil feridos e 1,9 milhões de deslocados, quase toda a população da Faixa de Gaza, que sobrevive em condições humanitárias precárias, com fome e hospitais sem condições.

Com LUSA